Calçado português ruma a Milão para consolidar posição nos mercados externos

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Porto Canal com Lusa

Redação, 09 fev (Lusa) - Mais de 90 empresas portuguesas participam de domingo a quarta-feira, em Milão, Itália, na maior feira internacional de calçado, numa altura em que o setor quer "reposicionar-se" para se afirmar nos mercados externos.

"Portugal será a segunda maior delegação estrangeira naquela que é a mais importante e prestigiada feira de calçado do mundo, logo a seguir a Espanha", destaca a Associação Portuguesa dos Industriais do Calçado, Componentes, Artigos de Pele e Seus Sucedâneos (APICCAPS), que organiza a participação portuguesa na Micam.

As mais de nove dezenas de empresas portuguesas que rumam a Milão respondem por mais de 8.000 postos de trabalho e cerca de 500 milhões de euros de exportações e recebem, no primeiro dia da feira, no domingo, a visita do ministro Adjunto e da Economia, Pedro Vieira da Silva, e do secretário de Estado da Economia, João Correia Neves.

A participação na Micam acontece numa altura em que o calçado português perspetiva 2019 como "um ano de afirmação nos mercados externos", durante o qual o setor pretende investir, com o apoio do Programa Compete, mais de 18 milhões de euros em atividades promocionais no âmbito das "grandes prioridades" de "aumentar as vendas no exterior, diversificar os mercados de destino e o leque de empresas exportadoras".

Destes, 16 milhões de euros serão canalizados para a participação de 200 empresas em cerca de 60 dos principais eventos da especialidade, em mais de 15 mercados, com destaque para a Alemanha, Espanha, França e Itália, na Europa, e para o Japão e EUA, entre os países extracomunitários.

Os restantes dois milhões de euros dizem respeito à promoção das marcas em "áreas críticas" como a conceção e o registo de marcas e patentes, o investimento em publicidade, a contratação de assessorias de comunicação no exterior e a produção de campanhas de imagem.

Esta renovada aposta nos mercados externos que acontece depois de, em 2018, o crescimento de 2,4% das exportações de calçado em volume, para 85 milhões de pares, não ter sido suficiente para evitar uma quebra de 2,85% em valor, para 1.904 milhões de euros.

Segundo a associação, "o abrandamento das principais economias mundiais para onde a indústria portuguesa de calçado exporta mais de 95% da sua produção terá afetado o setor e contribuído para o desempenho final", sendo que, "ainda recentemente, o Fundo Monetário Internacional reviu em baixa as perspetivas de crescimento para 2018 e revelou-se menos otimista para 2019".

"O impacto da guerra comercial entre os EUA e a China, o abrandamento da economia europeia e a crise em vários mercados emergentes são -- recorda - as principais razões para o corte das estimativas efetuado pela entidade liderada por Christine Lagarde".

De acordo com a APICCAPS, em 2018 "o mesmo sentimento 'agridoce' foi vivido pelos dois grandes concorrentes de Portugal", Itália e Espanha: Se até agosto as exportações italianas de calçado aumentaram 37% em valor (para 6,5 mil milhões de euros), o facto é que recuaram 3,1% em volume (para 143,6 milhões de pares), enquanto Espanha registou até setembro quebras de 3,6% em valor e de 1% em volume (para 2.018 milhões de euros e 122,7 milhões de pares).

Nesta comparação com Itália e Espanha, a associação destaca que, "ano após ano e de forma consistente, o calçado português continua a acelerar o passo e a 'bater'" a concorrência: "De 2010 a 2017 a produção portuguesa de calçado aumentou 34%, para 83 milhões de pares. No mesmo período, em Espanha cresceu apenas 7% (para 102 milhões de pares), enquanto Itália, o grande concorrente de Portugal, diminuiu a produção em 6%, para 191 milhões de pares", sustenta.

Segundo a associação, também no domínio das exportações "a aproximação de Portugal a Itália é percetível", já que se as vendas italianas para o exterior aumentaram 19% (para 10 mil milhões de dólares, cerca de 8,8 mil milhões de euros), as portuguesas subiram 23% para 2,2 mil milhões de dólares (mais de 1,9 mil milhões de euros) em 2017, ano em que atingiram um "recorde absoluto".

PD // JNM

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