ONU aprova resolução para Palestina presidir grupo de países em desenvolvimento

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Porto Canal com Lusa

Nova Iorque, Estados Unidos, 17 out (Lusa)- A Assembleia Geral da ONU aprovou na terça-feira uma resolução que permite aos palestinianos presidir ao principal grupo de países em desenvolvimento (G-77) das Nações Unidas em 2019, ignorando as objeções dos EUA e Israel.

Israel, Estados Unidos e Austrália votaram contra a resolução, na qual se registaram 15 abstenções, com a maioria dos países da Europa Ocidental a apoiarem a medida que dá mais um passo para a alteração do estatuto da Palestina, de obervador a Estado membro das Nações Unidas.

O embaixador da ONU na Palestina, Riyad Mansour, disse após a votação que os palestinianos "não pouparão esforços para provar que merecem essa confiança" e defenderá os interesses do G-77, ao mesmo tempo em que se envolverá "com todos os parceiros" para cooperar para o bem comum da humanidade.

Já o vice-embaixador norte-americano, Jonathan Cohen, criticou o facto da resolução alterar o estatuto dos palestinianos "fora das negociações diretas", lembrando que os EUA não reconhecem "um Estado palestiniano".

Em causa está uma resolução que assume uma carga simbólica, já que os palestinianos têm o estatuto de observadores e não de Estado membro no seio das Nações Unidas e uma vez que a Administração do Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, prepara a divulgação de um plano de paz para mediar o conflito israelo-árabe após as eleições norte-americanas agendadas para novembro.

A 27 de setembro, o G-77, que atualmente compreende 134 países no total, já tinha escolhido a Palestina para assumir temporariamente a sua presidência no próximo ano.

O projeto de resolução agora votado favoravelmente prevê a adoção de uma série de modalidades "para a participação do Estado da Palestina", nomeadamente "o direito de fazer declarações em nome do Grupo 77", bem como "de patrocinar propostas e emendas" e "de levantar moções de procedimento" nas várias sessões e conferências internacionais nas quais o Grupo 77 vai participar no próximo ano.

Originalmente criado para promover os interesses dos seus membros, o G-77 é hoje uma força de negociação importante dentro das Nações Unidas.

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