Venezuela: OEA quer comissão internacional a investigar atentado contra Maduro

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Porto Canal com Lusa

Caracas, 09 ago (Lusa) - A Organização de Estados Americanos (OEA) pediu hoje a criação de uma comissão internacional de peritos para investigar o atentado que teve lugar no sábado contra o Presidente da Venezuela, Nicolás Maduro.

"Dada a falta de credibilidade da ditadura na Venezuela e o uso da tortura para incriminar, urge nomear uma comissão de peritos internacionais para investigar as circunstâncias do atentado contra (Nicolás) Maduro", escreveu o secretário-geral da OEA, Luís Almagro, na sua conta oficial na rede social Twitter.

A OEA é uma organização internacional criada em 1948, com sede em Washington, Estados Unidos, e que tem como membros 35 nações do continente americano.

Segundo Luís Almagro "é tão improcedente afastar o regime pela força como que o regime use a força para ficar" no poder.

Por outro lado, questionou a decisão de quarta-feira do Supremo Tribunal de Justiça da Venezuela de emitir um mandado de captura contra o líder do partido opositor Primeiro Justiça (PJ) e também ex-presidente do parlamento, Júlio Borges, atualmente radicado na Colômbia.

"Uma medida ilegítima de um órgão ilegítimo à ordem da ditadura na Venezuela. Exigimos que cessem todos os ataques e as perseguições políticas", sublinhou.

Luís Almagro criticou ainda a detenção do deputado do PJ, Juan Requesens e a decisão da Assembleia Constituinte (composta unicamente por simpatizantes do regime) de levantar a imunidade parlamentar de ambos políticos.

"As detenções arbitrárias e a tortura têm sido usadas na Venezuela para incriminar dissidentes e opositores (...). O deputado Juan Requesens foi detido sem cumprir com o que manda a lei (...). Instamos a que se respeitem os Direitos Humanos", escreveu numa outra mensagem.

No sábado, duas explosões que as autoridades dizem ter sido provocadas por dois drones (aviões não tripulados) obrigaram o Presidente da Venezuela a abandonar rapidamente uma cerimónia de celebração do 81.º aniversário da Guarda Nacional Bolivariana (polícia militar).

O ato, que decorria na Avenida Bolívar de Caracas, estava a ser transmitido em simultâneo pelas rádios e televisões venezuelanas.

No momento em que Nicolás Maduro anunciava que tinha chegado a hora da recuperação económica, ouviu-se uma das explosões.

Sete militares ficaram feridos e, segundo as autoridades, foram detidas seis pessoas por suspeita de envolvimento no atentado.

O Governo acusou a oposição venezuelana de estar envolvida no atentado, em conexão com opositores de ultradireita radicados no estrangeiro.

FPG // JMC

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