Condutor de autocarro que transportava Orfeão de Águeda não se lembra do acidente

| Norte
Porto Canal / Agências

Santa Maria da Feira, 16 jan (Lusa) - O condutor do autocarro que se despistou em 2009, em Santa Maria da Feira, quando transportava elementos do Orfeão de Águeda, causando um morto e dezenas de feridos, disse hoje não se lembrar do acidente.

"Não me lembro de nada do que aconteceu", disse à Agência Lusa o motorista, após o debate instrutório do caso, que decorreu esta quinta-feira no Tribunal de Instrução Criminal de Santa Maria da Feira.

No debate instrutório, o Ministério Público (MP) manteve na íntegra a acusação, considerando que o condutor do autocarro foi o único responsável pelo acidente, porque circulava a uma "velocidade excessiva".

O procurador do MP defende, por isso, que o arguido deve ser julgado por um crime de homicídio por negligência e 14 crimes de ofensa à integridade física negligente, um dos quais na forma agravada.

Por seu lado, a defesa pediu para o arguido ser despronunciado dos crimes de que está acusado, alegando que o motorista não teve culpa no acidente, ao contrário do que sustenta a acusação.

"Das testemunhas ouvidas, resultou que o condutor fez uma condução normal e não excedeu a velocidade", disse a advogada de defesa, apontado como causa do acidente o facto de a viatura "não estar em condições".

Na perícia realizada ao autocarro foram detetadas várias deficiências ao nível da suspensão, travagem e luzes que, segundo os advogados do motorista, "comprometem seriamente" as condições de segurança da viatura.

Os factos remontam a 17 de outubro de 2009, quando o autocarro com 36 ocupantes despistou-se e capotou, numa curva do nó de ligação da Estrada Nacional n.º 223 com o IC2, em Escapães, Santa Maria da Feira.

Na noite da tragédia, o coro do Orfeão de Águeda dirigia-se para São Paio de Oleiros, em Santa Maria da Feira, onde era esperado para as celebrações do 25.º aniversário da Associação Musical Oleirense.

Do acidente resultou um morto, uma mulher de 44 anos, sete feridos graves, entre os quais uma grávida, e 20 ligeiros.

O condutor da viatura sofreu traumatismo crânio-encefálico e chegou a estar em coma, regressando ao trabalho três meses após o acidente.

A leitura da decisão instrutória está marcada para 29 de janeiro, quando se saberá se o processo vai ou não a julgamento.

JYDN.

Lusa/Fim

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