Nairobi, 31 dez (Lusa)- Pelo menos 52 pessoas morreram em confrontos entre o exército da República Democrática do Congo (RDC) e um alegado grupo terrorista que segunda-feira atacou locais estratégicos em Kinshasa, Lubumbashi e Kindu, noticiou a Radio Okapi.

Segundo a emissora apoiada pelas Nações Unidas, na capital, os supostos terroristas atacaram em simultâneo a sede da televisão pública, a sede do estado-maior general e o aeroporto internacional de N'dijili, locais onde, segundo fontes militares, foram abatidos 34 assaltantes sem que tenham existido vítimas civis.

O porta-voz do governo congolês, Lambert Mende, assegurou durante um ato público que o exército tinha neutralizado os ataques de forma "severa" e pediu aos cidadãos que regressem à rotina quotidiana.

Hoje, segundo a Radio Okapi, a situação na capital e em Lubumbashi, a segunda cidade mais povoada do país, é de uma "calma tensa", ainda que as forças da missão das Nações Unidas (MONUSCO) se mantenham em situação de alerta.

O governo ordenou uma investigação para conhecer a identidade dos atacantes, mas as suspeitas recaem sobre os seguidores de José Mukungubila Mutombo, um religioso que concorreu às eleições presidenciais em 2006.

Segundo a estação de rádio, durante a incursão na televisão pública, os alegados terroristas mencionaram o seu nome em várias ocasiões e alguns dos que morreram no aeroporto vestiam t-shirts com a sua imagem estampada.

O bairro de Lubumbashi onde vive Mukungubila, opositor do regime do presidente Joseph Kabila, foi tomado pelas Forças de Segurança.

Nas suas aparições públicas, Mukungubila tem denunciado as "tentativas de balcanização" da RDC e o suposto saque de recursos naturais do país por parte de estados vizinhos.

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