Bento Kangamba contratou brasileiras para eventos e não para prostituição -- Advogado

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Porto Canal / Agências

São Paulo, 30 dez (Lusa) - O advogado do angolano Bento dos Santos "Kangamba" no Brasil, Paulo Iasz de Morais, afirma que seu cliente não financiou o tráfico de mulheres, e que contratou brasileiras para eventos, não para prostituição.

"Ele ["Kangamba"] contratou diversos artistas do Brasil, mulheres e homens, que fizeram eventos e shows no seu clube de futebol, o Kabuscorp", disse à Lusa, por telefone, Iasz de Morais. O advogado realçou que os artistas brasileiros são "comuns" em Angola.

"Kangamba" é marido de uma sobrinha do presidente angolano, José Eduardo dos Santos. No fim de outubro, a Polícia Federal brasileira divulgou que ele é suspeito de ser o financiador de um esquema de tráfico de mulheres que enviava as vítimas para a prostituição em Angola, Portugal, África do Sul e Áustria, em troca de pagamentos entre 10 mil dólares (7.290 euros) e 100 mil dólares (72,9 mil euros).

A investigação aponta que os suspeitos movimentaram cerca de 45 milhões de dólares (14,7 milhões de euros) em seis anos de atividade ilegal.

Cinco brasileiros acusados de serem intermediadores foram presos. O empresário "Kangamba" teve a prisão preventiva decretada, e seu nome está na lista de procurados da Interpol, assim como o outro suspeito angolano, Fernando Vasco Republicano.

O advogado de "Kangamba" afirmou que ele recebeu a notícia sobre o processo com "surpresa e indignação" e que os factos apresentados pela polícia foram "distorcidos da realidade". Iasz acrescentou que Bento dos Santos trabalhava com empresas que intermediavam a viagem de artistas, e que "jamais imaginava ter qualquer tipo de problema".

Iasz disse também que a Justiça brasileira não é competente para julgar o caso, recordando que "Kangamba" tem imunidade diplomática e a suposta prostituição teria ocorrido em Angola, e não no Brasil.

O advogado disse que já apresentou um recurso contra o pedido de prisão preventiva do empresário no tribunal federal de São Paulo e que, caso não consiga, irá recorrer ao Supremo Tribunal de Justiça e ao Supremo Tribunal Federal, ambos em Brasília.

Esta não é a primeira vez que o nome do empresário aparece nas páginas dos jornais internacionais, que o dão como envolvido em casos de polícia: em junho, foi notícia em França por envolvimento numa investigação em curso sobe a posse de elevadas quantias de dinheiro não declarado, e, nesse mesmo mês, foi noticiado que comprou uma casa no mesmo condomínio privado do futebolista português Cristiano Ronaldo, em Madrid.

FYB (EL/MBA) // PJA

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