Macron promulga controversa reforma da lei do trabalho em cerimónia em direto na TV

| Mundo
Porto Canal com Lusa

Paris, 22 set (Lusa) -- O Presidente francês, Emmanuel Macron, promulgou hoje a controversa reforma do Código de Trabalho, uma das suas grandes promessas eleitorais, que está a gerar controvérsia e protestos em França.

A cerimónia da assinatura dos diplomas da reforma laboral aconteceu no Palácio do Eliseu, sede da Presidência francesa, e foi transmitida em direto na televisão.

Esta "reforma inédita", que visa "a transformação" do país e pretende aumentar a flexibilidade das leis do trabalho, foi "realizada num tempo recorde", saudou o chefe de Estado francês, eleito em maio passado.

Estes textos "consagram uma reforma profunda (...) do mercado de trabalho que é indispensável para a nossa economia e para a nossa sociedade", sublinhou Macron, logo após ter rubricado os diplomas.

A reforma, aceite pelos patrões franceses, traz "soluções pragmáticas para as muito pequenas empresas e para as pequenas e médias empresas", afirmou o chefe de Estado francês, lembrando que "são estas que criam mais empregos".

"Os efeitos serão estruturantes sobre o emprego, especialmente para os mais jovens", prometeu Emmanuel Macron, que sempre apresentou esta reforma como um remédio contra o "desemprego em massa".

Em França, a taxa de desemprego situa-se atualmente nos 9,6%, um número superior à taxa média verificada na Europa (7,8%).

Segundo Macron, todos os diplomas serão aplicados "o mais tardar até 01 de janeiro".

Numa resposta indireta aos sindicatos que organizaram no passado dia 12 de setembro e na quinta-feira duas jornadas de manifestações em França para contestar as novas leis de trabalho, Macron assegurou que a reforma "introduz novos direitos e proteções para os trabalhadores e para os respetivos representantes".

"Mais de 300 horas de concertação com todos os parceiros sociais" foram consagradas, recordou ainda o chefe de Estado francês.

Na última manifestação, realizada na quinta-feira, participaram 16 mil pessoas segundo a polícia e 55 mil segundo os sindicatos.

Cerca de 200 manifestações estão convocadas para hoje a nível nacional e o desafio que a Confederação Geral do Trabalho (CGT) propõe é aumentar ou pelo menos igualar a mobilização de 12 de setembro, quando saíram às ruas 223 mil pessoas em todo o país segundo a polícia, e 500 mil segundo os sindicatos.

SCA // ANP

Lusa/Fim

+ notícias: Mundo

Hamas aceita proposta de cessar-fogo na Faixa de Gaza

O movimento islamita Hamas anunciou esta segunda-feira ter aceitado uma proposta de cessar-fogo, mediado pelo Egito e pelo Qatar, para suspender a guerra de sete meses com Israel na Faixa de Gaza.

Ex-membro da máfia de Nova Iorque escreve livro dirigido a empresários

Lisboa, 06 mai (Lusa) -- Louis Ferrante, ex-membro do clã Gambino de Nova Iorque, disse à Lusa que o sistema bancário é violento e que escreveu um livro para "aconselhar" os empresários a "aprenderem com a máfia" a fazerem negócios mais eficazes.

Secretário-geral das Nações Unidas visita Moçambique de 20 a 22 de maio

Maputo, 06 mai (Lusa) - O secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, vai visitar Moçambique de 20 a 22 de maio, a primeira ao país desde que assumiu o cargo, em 2007, anunciou o representante do PNUD em Moçambique, Matthias Naab.