PS pede reunião ao gabinete do PM para definir condições de um debate entre Seguro e Passos

| Política
Porto Canal / Agências

Lisboa, 13 dez (Lusa) - O PS escreveu hoje ao gabinete do primeiro-ministro solicitando o agendamento de uma reunião, se possível para esta tarde, para a definição das regras de um debate entre António José Seguro e Pedro Passos Coelho.

A carta, à qual a agência Lusa teve acesso, é assinada pelo chefe de gabinete do secretário-geral do PS, Miguel Ginestal, e foi dirigida ao chefe de gabinete do primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho.

"Dando sequência à disponibilidade manifestada (no debate quinzenal de hoje) pelo senhor primeiro-ministro, para a realização de um debate público com o dr. António José Seguro, venho propor a marcação de uma reunião a realizar esta tarde, ou num dos próximos dias, para acerto da data, local e regras do referido debate", escreve Miguel Ginestal.

Durante o debate quinzenal de hoje, o secretário-geral do PS desafiou o primeiro-ministro a definir as condições para um debate entre os dois sobre a situação do país até 27 de janeiro, data em que se iniciam formalmente as negociações para a saída de Portugal do programa de ajustamento, admitindo que possa realizar-se num órgão de comunicação social.

A ideia do debate a dois foi primeiro sugerida por António José Seguro, quando se discutia se Portugal está ou não atualmente melhor do que no início do programa de ajustamento, em maio de 2011, com o secretário-geral do PS a considerar que o Governo "arruinou o país", enquanto Passos Coelho apresentava a tese diametralmente oposta.

"Discuto isso com factos onde o senhor quiser, aqui ou fora deste parlamento", referiu o líder socialista, enquanto o primeiro-ministro acusava Seguro de nunca esclarecer "onde faria as poupanças" para concretizar o programa de consolidação orçamental.

"Sobre cortes em qualquer setor do Estado, aceito discutir consigo quando o senhor deputado [António José Seguro] disser onde fará poupanças públicas para atingir resultados em matéria de défice público ainda mais exigentes. O senhor deputado não diz onde vai buscar essas poupanças. Quando disser nós conversamos sobre isso", respondeu o primeiro-ministro.

António José Seguro agarrou estas palavras do primeiro-ministro, dizendo imediatamente aceitar "o repto" para o debate a dois.

"Temos de definir as condições e os tempos desse debate para aprofundar as questões das poupanças públicas, mas também um plano de crescimento para o país. Estou disponível para esse debate. Aliás, considero que é essencial fazê-lo antes do dia 27 de janeiro, porque o país teria a ganhar com isso", declarou.

PMF // SMA

Lusa/fim

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