Temido quer plano europeu para habitação acessível e alerta para ameaças

Temido quer plano europeu para habitação acessível e alerta para ameaças
Lusa
| Política
Porto Canal / Agências

A cabeça de lista do PS às europeias defendeu esta quinta-feira um plano europeu para habitação acessível, avisando que o projeto europeu está sob inúmeras ameaças e que a AD e a sua família política “representam uma agenda de retrocesso”.

Na Pala do Pavilhão de Portugal, em Lisboa, Marta Temido apresentou o manifesto eleitoral que o partido apresenta às eleições europeias de 09 de junho, uma sessão que contou com a presença da restante lista, dos futuros ex-eurodeputados e do líder do PS, Pedro Nuno Santos.

“Ambicionamos um Plano Europeu para a Habitação Acessível que, embora não seja uma matéria atribuída à União Europeia pelos tratados, concretize o direito à habitação em condições dignas e a preços comportáveis, não só para os mais necessitados, mas também para as classes médias”, enfatizou.

O PS, de acordo com a sua cabeça de lista, vai procurar combater a fuga de cérebros”, mediante instrumentos europeus que reconheçam a necessidade de garantir empregos de qualidade.

Os socialistas, segundo Marta Temido, querem “uma Europa de valores, mas também uma Europa de soluções e resultados, que transforma a vida concreta dos europeus”.

“Estas são as escolhas que estão em jogo, quando, como cidadãos europeus, no dia 9 de junho, formos chamados a votar para eleger o próximo Parlamento Europeu. Não tenhamos ilusões, o combate é urgente”, avisou.

De acordo com a candidata socialista, “existem inúmeras ameaças ao projeto europeu, tanto vindas de fora, de potências hostis, como vindas de dentro, do crescimento das forças nacionalistas, populistas e eurocéticas”.

“Ainda em campanha, já encontramos o PPE (a família política onde se integram o PSD e o CDS) a fazer concessões à extrema-direita”, avisou, dando como exemplos o que defende o seu manifesto eleitoral sobre o direito de asilo.

Para Marta Temido, “não faltam mesmo exemplos de que a AD e a sua família europeia representam uma agenda de retrocesso”.

“Nos próximos 30 dias, cabe-nos demonstrar o que está em causa. Estamos do lado daqueles que acreditam verdadeiramente que os problemas de uns são os problemas de todos e que a solidariedade entre Estados-Membros nos permite alcançar resultados que não alcançaríamos sozinhos”, defendeu.

O PS compromete-se “a construir o futuro de Portugal na Europa” e, de acordo com a sua cabeça de lista, quando “o continente europeu se vê novamente confrontado com os horrores da guerra é fundamental deixar claro” o que se quer.

“O projeto europeu é, e sempre foi, desde a sua génese, um projeto de paz. A integração europeia fez-se para garantir a paz no nosso continente. Não podemos, pois, descansar enquanto houver bombas a cair em solo europeu”, enfatizou.

O PS, segundo Marta Temido, apresenta “um manifesto progressista, que ambiciona uma Europa socialmente mais justa e solidária, capaz de abraçar as transições verde e digital, sem deixar ninguém para trás”.

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