Maduro ativa o Conselho de Defesa da Nação após advertências dos EUA

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Porto Canal com Lusa

Caracas, 18 jul (Lusa) - O Presidente da Venezuela ativou, na terça-feira, o Conselho de Defesa da Nação (CDN), um dia depois de os EUA advertirem que vão avançar com ações económicas fortes e rápidas caso Nicolás Maduro imponha uma Assembleia Constituinte.

"Decidi ativar o Conselho de Defesa da Nação, para responder integralmente à ameaça imperial", anunciou o Presidente da Venezuela na sua conta no Twitter.

Segundo Nicolás Maduro, Caracas dará uma resposta "muito firme, em defesa do património histórico anticolonial e anti-imperialista" da Venezuela, pois unidos os venezuelanos "são invencíveis".

"Nenhum Governo estrangeiro dá ordens nem governa a nossa Pátria. Aqui mandam os venezuelanos. Aqui manda o povo", lê-se noutra mensagem do chefe de Estado, difundida na mesma rede.

Entretanto, o canal estatal Venezuela de Televisão divulgou imagens de Nicolás Maduro no palácio presidencial de Miraflores a ativar o CDN, "pela independência e dignidade, soberania e auto-determinação do povo venezuelano".

Segundo a Constituição da Venezuela, o CDN é o máximo órgão de consulta para a planificação e assessoria do Poder Público venezuelano, nos assuntos relacionados com a defesa integral do país, soberania e integridade do seu espaço geográfico, assim como estabelecer um conceito estratégico para a Nação.

O Presidente norte-americano, Donald Trump, advertiu Caracas, na segunda-feira, de que os EUA vão avançar com "sanções económicas fortes e rápidas", caso o Governo do Presidente Nicolás Maduro imponha uma Assembleia Constituinte, com a qual pretende alterar a Constituição.

"Ontem [domingo], o povo venezuelano deixou claro que defende a democracia, a liberdade e o Estado de Direito. No entanto, as suas ações fortes e corajosas continuam a ser ignoradas por um líder ruim que sonha em tornar-se num ditador", sublinha um comunicado da Casa Branca.

No documento, Donald Trump sublinha que "os EUA não vão ficar parados enquanto a Venezuela se destroi".

"Se o regime de Maduro impuser a sua Assembleia Constituinte, a 30 de julho, os EUA tomarão ações económicas fortes e rápidas. Os EUA exigem mais uma vez eleições livres e justas e unem-se ao povo da Venezuela na busca de restaurar, para o seu país, uma democracia plena e próspera", concluiu.

A Venezuela anunciou, entretanto, uma revisão profunda das relações com os EUA.

FPG // ARA

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