Primavera 2017 foi a terceira mais quente desde 1931, seca aumentou

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Porto Canal com Lusa

Lisboa, 06 jul (Lusa) - A primavera 2017 foi a terceira mais quente desde 1931, revela hoje um Boletim do Instituto do Mar e da Atmosfera, que dá conta de um aumento significativo da seca, especialmente nas regiões do Norte e Centro do continente.

De acordo com o Boletim Climatológico sazonal do Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) hoje divulgado, a primavera (são considerados os meses de março, abril e maio) em Portugal continental foi muito quente e muito seca.

O documento adianta que no mês de abril houve um aumento significativo da área em situação de seca, em particular nas regiões do Norte e Centro.

"A 30 de abril cerca de 96% do território estava em seca fraca a moderada", refere o IPMA.

Em maio, segundo o Instituto, houve um desagravamento na região noroeste do território e um agravamento na região sul, com cerca de 70% do território em seca moderada.

O IPMA classifica em nove classes o índice meteorológico de seca, que varia entre "chuva extrema" e "seca extrema".

O Boletim do IPMA hoje divulgado classificou a primavera 2017 como a terceira mais quente desde 1931, depois de 1997 e 2011, sendo a temperatura média do trimestre (março, abril e maio) superior ao normal.

"O valor da temperatura máxima do ar foi o segundo mais alto desde 1931", é indicado no documento, que realça também que "o valor médio da temperatura mínima do ar foi superior ao normal ".

No que diz respeito à precipitação, o IPMA indica que o valor médio no trimestre foi inferior ao valor médio correspondendo a 75% do valor normal.

Segundo o boletim climatológico sazonal, o mês de março foi classificado como normal em relação à precipitação e quente em quanto à temperatura do ar.

O mês de abril foi extremamente quente e seco, sendo o quinto mais quente enquanto o valor da temperatura máxima foi o mais alto desde 1931.

Em relação à precipitação, o mês de abril de 2017 foi o mais seco desde 1931, de acordo com o relatório.

O IPMA revela que em abril houve uma onda de calor, abrangendo uma grande extensão espacial (quase todo o território) e temporal (superior a 20 dias nos distritos de Bragança, Guarda e Castelo Branco), sendo considerada a mais significativa desde 1941.

O mês de maio foi classificado como "normal em relação à quantidade de precipitação e quente em relação à temperatura do ar, tendo sido o nono mais quente desde 1931.

Em maio, foi registada uma onda de calor ente os dias 20 e 27 nas regiões do interior Norte e Centro e Alentejo, com duração de seis a oito dias.

O IPMA destaca ainda no boletim de primavera que ocorreu queda de neve entre os dias 23 e 27 de março nas terras altas, atingindo cotas baixas, 400 a 500 metros de altitude no interior Norte.

O maior valor da temperatura máxima (37,9º) foi registado no dia 24 de maio em Pinhão (Vila Real) e a mínima (-4,9º) foi observado no dia 23 de março nas Penhas Douradas, na Serra da Estrela.

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