Bloco de partos no Hospital de Aveiro encerrado devido a protesto dos enfermeiros

| Norte
Porto Canal com Lusa

Aveiro, 03 jul (Lusa) - O bloco de partos do Hospital de Aveiro não está hoje a funcionar, devido ao protesto dos enfermeiros especialistas contra a falta de pagamento desta especialidade, informou fonte do Sindicato.

"Neste momento, temos só um elemento daqueles que são considerados enfermeiros especialistas a assegurar a patologia, o bloco de partos e a urgência", disse à Lusa, Paula Estrela, da Federação Nacional do Sindicato dos Enfermeiros (FENSE)

Segundo a sindicalista, o conselho de administração do Centro Hospitalar do Baixo Vouga, o diretor de serviço, o diretor de enfermagem e elementos da Ordem dos Enfermeiros estavam reunidos esta manhã para decidir o que fazer em relação a esta situação.

"Os meus colegas mantêm a posição de não fazer as funções de especialista, porque não estão a ser pagos para tal, nem têm contrato para tal", disse Paula Estrela.

A sindicalista referiu ainda que esta manhã não havia nenhuma grávida no bloco de partos do Hospital de Aveiro. "Neste momento, não temos lá nenhuma mulher. Não sei se elas souberam isto antecipadamente e foram para outra maternidade", disse.

"É triste para nós estar a chegar a este extremo", disse à Lusa, Sara Esteves, uma enfermeira do hospital de Aveiro que há cerca de três anos começou a exercer cuidados especializados, apesar de estar apenas contratada para exercer cuidados generalizados.

"Faço partos, vigilâncias da gravidez e do pós-parto imediato, aulas de preparação para o parto, aulas de recuperação pós-parto e não sou remunerada como tal. Estamos todos com o coração apertadinho, porque somos todas parteiras de coração, mas corremos muitos riscos para não estar a ser reconhecidos como tal", disse Sara Esteves.

Os enfermeiros especialistas recusam-se, a partir de hoje, a prestar cuidados diferenciados, como protesto contra o não pagamento desta especialização, devendo os blocos de parto ser a área mais visível desta contestação.

Segundo a Ordem dos Enfermeiros, que apoia os profissionais neste protesto, existem cerca de 2.000 enfermeiros que, apesar de serem especialistas, recebem como se prestassem serviços de enfermagem comum.

Para dar voz a esta reivindicação, foi criado o movimento EESMO (Enfermeiros Especialistas em Saúde Materna e Obstetrícia), o qual organizou quarta-feira uma vigília frente à residência do primeiro-ministro .

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