Prostitutas de Zurique denunciam continuada repressão policial

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Porto Canal / Agências

Zurique, 05 dez (Lusa) - As prostitutas de Zurique apelaram hoje às autoridades da cidade para porem cobro ao clima de repressão policial de que dizem ser vítimas desde que abriu, há quatro meses, a primeira 'caixa de sexo' criada para segurança das trabalhadoras.

Cerca de 200 prostitutas enviaram, com o apoio de organizações como o Exército de Ajuda contra a SIDA, uma carta à câmara de Zurique pedindo que acabe com o "clima de insegurança e medo" que prevalece nas ruas, de acordo com o relato da AFP.

No final de agosto, Zurique criou um sítio específico para que os automobilistas pudessem recorrer aos serviços das prostitutas de forma segura, a chamada 'caixa de sexo', proibindo também a prática da prostituição fora deste local conhecido pela prática da prostituição.

As profissionais deste ramo, no entanto, dizem que a situação piorou, tornando-se "precária" porque enfrentam uma "contínua e aumentada repressão policial", na medida em que "se são suspeitas de tentarem angariar clientes na rua, são presas e retiradas da área" segura, ficando "isoladas e, portanto, mais vulneráveis à exploração e violência".

Para além da denúncia, as profissionais do sexo em Zurique reclamam também regras menos apertadas para a instalação de bordéis e a criação de uma nova área de prostituição na rua.

Em agosto, Zurique inaugurou este espaço, que tem nove "sex boxes" para prostitutas e respetivos clientes.

"A prostituição é basicamente um negócio. Não a podemos proibir, portanto queremos controlá-la a favor das profissionais do sexo e da população", afirmou então à AFP Michael Herzig, diretor municipal dos serviços sociais para trabalhadoras do sexo. "Porque, se não a controlarmos, o crime organizado e os proxenetas tomarão conta", acrescentou.

O espaço discreto, protegido por vedações altas, e onde imperam regras claramente definidas, custou aos cidadãos de Zurique 2,1 milhões de francos suíços (1,6 milhões de euros) e os custos de operação serão da ordem dos 700 mil francos ao ano.

Os clientes devem ter mais de 18 anos, entram um por viatura, e estão instalados botões de alarme para prevenir eventuais violências ou atender a urgências.

Por detrás da vedação existe um percurso em círculo, onde os clientes escolhem e negoceiam os preços com a prostituta em que estiverem interessados.

A criação destes espaços foi aprovada em referendo este ano pelos suíços.

MBA (AL) // PJA

Lusa/Fim

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