Nacionalização implicaria até 4,7 mil ME de dinheiro dos contribuintes
Porto Canal com Lusa
Lisboa, 31 mar (Lusa) - O primeiro-ministro, António Costa, admite que foi estudada a hipótese de o Novo Banco ser nacionalizado, mas advogou que essa opção, a ser implementada, implicaria encargos para os contribuintes de até 4,7 mil milhões de euros.
"Estudámos bem essa solução", disse Costa, questionado sobre uma eventual nacionalização do Novo Banco, cenário que traria um "impacto muito distinto" junto dos contribuintes do que decorre da venda da entidade.
E concretizou: Em vez de a Lone Star injetar mil milhões de euros no banco, "o Estado teria de realizar o capital inicial", que seria "entre 4,0 mil e 4,7 mil milhões de euros", porque as regras comunitárias implicam o reconhecimento imediato de eventuais necessidades futuras.
O chefe do Governo falava na residência oficial, em Lisboa, depois de o governador do Banco de Portugal, Carlos Costa, ter confirmado a venda do Novo Banco ao fundo norte-americano Lone Star.
Costa respondia a questões dos jornalistas ladeado pelo ministro das Finanças, Mário Centeno.
A norte-americana Lone Star vai realizar injeções de capital no Novo Banco no montante total de 1.000 milhões de euros, dos quais 750 milhões de euros logo no fecho a operação e 250 milhões de euros até 2020.
"Por via da injeção de capital a realizar, a Lone Star passará a deter 75% do capital social do Novo Banco e o Fundo de Resolução manterá 25% do capital", lê-se no comunicado do Banco de Portugal hoje divulgado.
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