Nações Unidas, Nova Iorque, 22 mar (Lusa) -- A Organização das Nações Unidas recebeu menos de um terço dos fundos necessários para evitar a fome na Somália, alertou hoje um seu porta-voz, na véspera de uma reunião do Conselho de Segurança sobre esta crise alimentar.

A eliminação desta ameaça em 2017 requer cerca de 864 milhões de dólares (800 milhões de euros), mas apenas foram reunidos 31% desta soma, declarou Farhan Haq, porta-voz da ONU.

Este apelo aos doadores deve ser, com toda a probabilidade, revisto em alta para responder aos riscos crescentes de fome, acrescentou.

A crise humanitária agrava-se na Somália, onde mais de 300 mortes devido a cólera e diarreia foram relatadas desde o início do ano, segundo as estatísticas da ONU.

Esta organização estima que mais de metade dos 6,2 milhões de somalis tenham necessidade de uma ajuda alimentar de urgência, entre os quais cerca de 360 mil crianças consideradas em situação de má nutrição severa.

O ministro britânico dos Negócios Estrangeiros, Boris Johnson, deve presidir na quinta-feira a uma reunião do Conselho de Segurança sobre a Somália e a situação humanitária.

Pelo menos, cerca de 260 mil pessoas morreram durante a fome que ocorreu na Somália em 2011, das quais metade eram crianças com menos de cinco anos, segundo o Programa Alimentar Mundial da ONU.

RN // JPF

Lusa/Fim