BE justifica "pequenos sinais" com IRS e alívio da austeridade
Porto Canal / Agências
Lisboa, 22 nov (Lusa) - A deputada do BE Mariana Mortágua justificou hoje os "pequenos sinais económicos" com o aumento do IRS e algum alívio da austeridade junto das famílias, após decisões do Tribunal Constitucional contra algumas medidas do Governo da maioria PSD/CDS-PP.
"É o aumento do IRS que sustenta estes dados orçamentais. O aumento da despesa corrente do Estado revela também a degradação económica", afirmou a parlamentar bloquista, nos Passos Perdidos do Parlamento, após a divulgação da execução orçamental nos primeiros dez meses do ano pela Direção Geral do Orçamento (DGO).
"Não é possível ajustar o défice, as contas públicas, de uma forma saudável numa economia que não cresce, que definha todos os dias com o desemprego e a pobreza das pessoas. O orçamento será sempre reflexo da própria da degradação económica que o próprio orçamento causa. É uma espiral de austeridade que não traz mais nada a não ser destruição", disse.
De acordo com a síntese da execução orçamental divulgada pela DGO, nos primeiros dez meses do ano, o défice provisório das administrações públicas, relevante para efeitos de aferição do programa de ajustamento económico e financeiro, foi de 6.409,1 milhões de euros.
"Sempre que a austeridade é aliviada, as famílias recuperam algum poder de compra e, com isso, conseguem dar algum impulso económico ao país. Esta estratégia de cortes, de novos cortes nos salários e pensões, vai pôr em causa todos esses pequenos sinais económicos que pudemos vislumbrar, mas que são ténues, frágeis e, certamente, não estão para ficar com este orçamento", anteviu.
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