Incentivos do QREN aumentam probabilidade de sobrevivência das empresas - estudo
Porto Canal / Agências
Lisboa, 14 mai (Lusa) - Os incentivos do Quadro de Referência Estratégico Nacional (QREN) às empresas aumentam a probabilidade das mesmas sobreviveram ao fim de três anos em 11 pontos percentuais, indica um estudo hoje revelado pelo Observatório do QREN.
Entre as empresas que sobrevivem, "os incentivos conduzem, ao fim de três anos, à criação líquida de 2,1 postos de trabalho", indica o estudo, que teve como referência o período entre 1999 e 2008.
"O montante médio de incentivo atribuído por cada posto de trabalho gerado ao fim de três anos é de 55 mil euros, o que corresponde a cerca de 18 mil euros por ano. O esforço público total associado à criação de cada posto de trabalho tende a ser inferior a este valor, já que uma parte dos incentivos é posteriormente reembolsada pelas empresas beneficiárias", apontam as principais conclusões do trabalho, que será apresentado na plenitude na sexta-feira.
O impacto dos incentivos é positivo "qualquer que seja o tipo de empresa analisado" (por dimensão, idade, setor, âmbito geográfico do negócio, etc, mas torna-se mais pronunciado "em empresas com menos de 10 trabalhadores, novas empresas e empresas com níveis mais reduzidos de autonomia financeira", referem.
O trabalho a apresentar na sexta-feira, aponta o Observatório do QREN, vem dar resposta aos apelos da Comissão Europeia, também inscritos no memorando de entendimento com a 'troika' (Fundo Monetário Internacional, Comissão Europeia e Banco Central Europeu), no sentido de implementar avaliações "mais rigorosas dos impactos dos instrumentos de apoio público, permitindo quantificá-los e, assim, apurar de forma mais exata a eficácia dos efeitos das políticas públicas".
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