Foi grande impulsionador das artes e literatura - Julião Sarmento
Porto Canal com Lusa
Lisboa, 07 jan (Lusa) - O artista plástico Julião Sarmento salientou hoje que Mário Soares, falecido em Lisboa, aos 92 anos, "foi um grande impulsionador das artes plásticas e da literatura", em Portugal.
Mário Soares morreu hoje, no Hospital da Cruz Vermelha, em Lisboa, onde estava internado há 26 dias, desde 13 de dezembro.
Contactado pela agência Lusa, Julião Sarmento comentou que o estadista "gostava muito da coleção de arte que reuniu ao longo da vida, e tinha muito orgulho nela".
Representado nessa coleção, entre dezenas de artistas, Julião Sarmento considerou ainda que Mário Soares "era um dos últimos grandes políticos de Portugal".
"Era um herói nacional. A sua morte já era esperada, mas é, mesmo assim, uma grande tristeza. Foi a pessoa que deu a liberdade a este país, que lhe deve muito", acrescentou o artista plástico, em declarações à Lusa.
Na sequência do anúncio do falecimento do ex-presidente, o Governo decretou três dias de luto nacional, a partir de segunda-feira.
Soares desempenhou os mais altos cargos no país e a sua vida confunde-se com a própria história da democracia portuguesa: combateu a ditadura, foi fundador do PS e Presidente da República.
Nascido a 07 de dezembro de 1924, em Lisboa, Mário Alberto Nobre Lopes Soares foi fundador e primeiro líder do PS, e ministro dos Negócios Estrangeiros após a revolução do 25 de Abril de 1974.
Primeiro-ministro entre 1976 e 1978 e entre 1983 e 1985, foi Soares a pedir a adesão à então Comunidade Económica Europeia (CEE), em 1977, e a assinar o respetivo tratado, em 1985. Em 1986, ganhou as eleições presidenciais e foi Presidente da República durante dois mandatos, até 1996.
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