Foi um dos principais vencedores do triunfo da atual democracia - Adriano Moreira

| País
Porto Canal com Lusa

Lisboa, 07 jan (Lusa) - O antigo líder do CDS-PP Adriano Moreira recordou hoje o antigo Presidente da República Mário Soares como um homem "inteiramente coerente antes e depois do 25 de Abril", considerando-o um dos principais vencedores do triunfo da atual democracia.

Em declarações à agência Lusa, Adriano Moreira disse que era amigo de Mário Soares, que hoje morreu aos 92 anos em Lisboa, desde a juventude, considerando que o histórico socialista "definitivamente entrou na história de Portugal".

"Depois do 25 de Abril, Portugal foi objeto de duas orientações, uma delas dominada sobretudo pelo Doutor Cunhal e a outra pela orientação da democracia em que hoje vivemos. Esta orientação foi vencedora e entre os vencedores um dos principais, ao lado do general Eanes, foi o doutor Mário Soares", disse.

O ex-líder centrista recorda Soares como "um homem sempre inteiramente coerente antes e depois do 25 de Abril", destacando "um momento história fundamental que foi a intervenção na fonte luminosa".

"Além das intervenções que depois teve quer como chefe do Governo mais do que uma vez, sempre com uma liberdade de expressão fundamental", sublinhou.

Adriano Moreira considerou que o histórico socialista "foi um grande crítico da deriva da União Europeia em relação ao grande projeto que inspirou os fundadores".

"Uma das coisas principais que lhe atribuo foi ter dado definição do Presidente da República com as presidências abertas, prática notabilíssima que teve uma grande importância num pais que se via perante um regime político que não tinha nenhuma experiência", destacou, referindo ainda o facto de ser uma "pessoa que cultivava a autenticidade, que não admitia violar com a ação os princípios que defendia".

Mário Soares morreu hoje, aos 92 anos, no Hospital da Cruz Vermelha, em Lisboa, onde se encontrava internado desde 13 de dezembro.

No dia 22, foi transferido dos cuidados intensivos para a "unidade de internamento em regime reservado", depois de sinais de melhoria do estado de saúde.

No entanto, na véspera de Natal, um agravamento súbito da situação clínica obrigou ao regresso do antigo chefe de Estado à unidade de observação constante.

Mário Soares combateu a ditadura de António Salazar, fundou o PS e regressou a Portugal do exílio logo a seguir ao 25 de Abril.

Depois de ter chefiado o governo, foi Presidente da República entre 1986 e 1996.

JF // JPS

Lusa/fim

+ notícias: País

Ribau Esteves defende clarificação da contiguidade urbana nos solos rústicos

O vice-presidente da associação nacional de municípios Ribau Esteves defendeu, no parlamento, que a construção em solos rústicos das reservas agrícola e ecológica deve ser clarificada na contiguidade urbana, ou os custos recairão sobre as autarquias.

FC Porto vai ter jogo difícil frente a Belenenses moralizado afirma Paulo Fonseca

O treinador do FC Porto, Paulo Fonseca, disse hoje que espera um jogo difícil em casa do Belenenses, para a 9.ª jornada da Liga de futebol, dado que clube "vem de uma série de resultados positivos".

Proteção Civil desconhece outras vítimas fora da lista das 64 de acordo com os critérios definidos para registar os mortos dos incêndios na região centro

A Autoridade Nacional de Proteção Civil (ANPC) disse hoje desconhecer a existência de qualquer vítima, além das 64 confirmadas pelas autoridades, que encaixe nos critérios definidos para registar os mortos dos incêndios na região centro.