'Troika' dá luz verde à Irlanda mas aponta algumas fragilidades

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Porto Canal / Agências

Bruxelas, 08 nov (Lusa) - A 'troika' terminou a sua última missão na Irlanda com uma avaliação positiva à situação no país, que se prepara para sair do programa de assistência, mas apontou algumas fragilidades na banca, na despesa pública e no desemprego.

Num comunicado divulgado hoje, após a sua última missão em Dublin, os responsáveis da Comissão Europeia, do Banco Central Europeu (BCE) e do Fundo Monetário Internacional (FMI) concluem que "o programa irlandês está no bom caminho num contexto de regresso ao crescimento", dando luz verde a um derradeiro pagamento de 1.400 milhões de euros ao país.

"A economia irlandesa regista um crescimento superior à média da zona euro desde 2011", sublinha o comunicado, que enumera os progressos constatados, nas exportações, no comércio a retalho, na confiança dos consumidores ou na criação de emprego.

O ministro das Finanças irlandês congratulou-se na quinta-feira com o fim do programa de assistência, previsto para dezembro, e disse que a Irlanda respeitou "todos os objetivos fixados" pelos credores.

Apesar da avaliação positiva, a 'troika' adverte para vários riscos, a começar pela derrapagem orçamental se as despesas não forem controladas este ano, nomeadamente na área da saúde.

No setor financeiro, a "percentagem de crédito malparado continua elevada e o crédito está estagnado".

Quanto ao desemprego, "começou a recuar, mas continua elevado", considera a 'troika'.

Após a implosão da bolha imobiliária e o resgate da banca que fez disparar o défice público para 30%, a Irlanda teve de recorrer à ajuda externa. Foi-lhe concedido pelos parceiros europeus e pelo FMI um empréstimo de 85 mil milhões de euros ao longo de três anos, em troca de um rigoroso programa de austeridade.

Agora que o programa de assistência termina, a questão que se coloca é a possível atribuição a Dublin de uma linha de crédito cautelar, para evitar turbulência no regresso aos mercados, mas o Governo irlandês pode ter uma opção diferente. O assunto será discutido no Eurogrupo na quinta-feira em Bruxelas.

EO// ATR

Lusa/fim

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