Bruxelas, 25 ago (Lusa) -- A chefe da diplomacia da União Europeia, Federica Mogherini, manifestou hoje satisfação pelo acordo de paz entre o governo da Colômbia e os guerrilheiros das FARC, considerando que se trata de uma oportunidade histórica.

"O anúncio do acordo de paz, em Havana, entre as FARC-EP (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia-Exército Popular) e o governo da Colômbia é motivo de celebração. É uma oportunidade histórica e única para a paz na Colômbia alcançada após uma longa negociação que exigiu uma grande vontade política e perseverança", refere Mogherini através de um comunicado.

A alta representante para a política externa da União Europeia acrescenta que já contactou o presidente colombiano, Juan Manuel Santos, que a informou sobre os "acontecimentos históricos" que decorreram em Cuba e que deram origem ao final das negociações entre o Executivo da Colômbia e a guerrilha mais antiga da América Latina.

"Presto homenagem à visão da liderança política, às equipas de negociadores, a Cuba e à Noruega como mediadores que foram acompanhados pelo Chile e pela Venezuela", disse ainda a italiana Federica Mogherine recordando que os colombianos "vão decidir o próprio futuro" no plebiscito marcado para o dia 02 de outubro.

"Ainda faltam cumprir alguns compromissos para a implementação do acordo para cumprir o caminho no sentido de uma paz duradoura no país e que deve ter como base a justiça e uma verdadeira reconciliação nacional", sublinhou.

Mogherini disse ainda que a UE apoiou a Colômbia desde o início do processo de paz e que se vai manter ao lado do país durante a fase que "posterior ao conflito" lembrando que que a União Europeia vai destinar - ao processo de paz na Colômbia - 575 milhões de euros, tal como tinha sido decidido no passado mês de maio.

"Estamos a preparar novos projetos, em conjunto com o governo colombiano, no contexto do acordo de paz, e que incluem investimentos no setor da educação", frisou.

As conversações prolongaram-se durante quatro anos e põem fim a mais de meio século de conflito armado na Colômbia.

PSP // JPS

Lusa/fim