Brexit: PM do Japão diz que vai usar "todas as medidas disponíveis" para mitigar efeitos

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Porto Canal com Lusa

Tóquio, 29 jun (Lusa) -- O primeiro-ministro do Japão, Shinzo Abe, afirmou hoje que o Governo "irá utilizar todas as medidas disponíveis" para limitar o impacto negativo do "Brexit" sobre a economia japonesa e em especial sobre as suas empresas.

O líder japonês destacou a necessidade de responder aos "riscos e incertezas" que pairam sobre os mercados financeiros internacionais e sobre a terceira economia mundial, durante uma reunião realizada hoje com o ministro das Finanças, Taro Aso, e com o governador do Banco do Japão, (BoJ), Haruhiko Kuroda.

"Estamos determinados em utilizar todas as medidas disponíveis para garantir que a economia real do Japão e, em especial a atividade das pequenas e médias empresas, não seja afetada", afirmou Abe, em declarações reproduzidas pela agência noticiosa Kyodo.

O encontro realizado hoje entre Abe, Aso e Kuroda sucede ao que teve lugar na segunda-feira para acompanhar de perto os movimentos dos mercados e as taxas de câmbio e na qual se decidiu também avançar com um pacote de estímulo para as empresas japonesas face aos efeitos negativos do "Brexit".

"Os mercados estabilizaram a curto prazo, mas continuaremos a vigiá-los com atenção a médio e a longo prazo", frisou Abe.

O executivo do Japão prevê destinar entre cinco e dez biliões de ienes (entre 44.000 milhões e 88.000 milhões de euros) em mecanismos para esfumar os efeitos da valorização do iene e o possível agravamento do ambiente empresarial para as companhias nipónicas que têm operações no Reino Unido.

A apreciação do iene face ao dólar, ao euro e à libra esterlina tem sido uma das consequências diretas do "Brexit", dado que a moeda é considerada uma divisa de refúgio em tempos de incerteza, uma tendência muito prejudicial para os exportadores japoneses.

Nove em cada dez grandes empresas japonesas temem que a saída do Reino Unido da União Europeia (UE) tenha um impacto negativo nas suas operações, segundo uma sondagem realizada pelo jornal económico Nikkei publicada na terça-feira.

Mesmo assim, o governador do BoJ descartou hoje que o banco central "tenha dificuldades" na hora de fornecer dólares e outras divisas estrangeiras às empresas japonesas devido à volatilidade que têm registado estes mercados recentemente.

"Temos um sistema que permite fornecer todos os fundos pedidos a qualquer momento em que sejam necessários", explicou Kuroda após a sua reunião com Abe.

Na terça-feira, o Banco do Japão levou a cabo a sua primeira operação de disponibilização de fundos em dólares desde o referendo britânico, num dia em que as instituições financeiras nipónicas solicitaram 1,48 biliões de ienes (1,33 biliões de euros) nesta divisa, o maior valor desde dezembro de 2014.

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