Partido de extrema-direita eslovaco também quer referendo para saída da UE

| Mundo
Porto Canal com Lusa

Bratislava, 25 jun (Lusa) -- Um partido eslovaco de extrema-direita com representação parlamentar anunciou hoje que também quer promover um referendo sobre a saída da Eslováquia da União Europeia (UE), após a vitória do 'Brexit' na consulta pública britânica.

Para tal, o partido ultranacionalista Nossa Eslováquia divulgou que vai começar a recolher as assinaturas necessárias.

"É tempo da Eslováquia também sair deste Titanic em iminente naufrágio", declarou Marian Kotleba, o líder do partido ultranacionalista, na sua conta da rede social Facebook.

"Então vamos começar na segunda-feira a realizar a nossa promessa eleitoral -- vamos recolher assinaturas a favor de um referendo para a saída da Eslováquia da UE", anunciou o líder ultranacionalista.

A Eslováquia, um país de 5,4 milhões de habitantes que integrou a UE em 2004 e a zona Euro cinco anos mais tarde, vai assumir a partir do dia 01 de julho a presidência rotativa da UE.

Nas eleições parlamentares realizadas em março, o partido de Marian Kotleba conseguiu conquistar 14 dos 150 lugares do parlamento nacional dominado pelo centro-esquerda.

Marian Kotleba é conhecido pelo teor racista dos seus discursos, particularmente contra a comunidade cigana, e pela realização de manifestações onde os militantes do partido exibem uniformes escuros que remetem para os movimentos fascistas das décadas de 1930 e 1940.

Estimulados pelo resultado do referendo britânico, os maiores movimentos eurocéticos e de extrema-direita na Europa começaram a pedir a realização de referendos nos próprios países, foi o caso da Frente Nacional (FN) de Marine le Pen em França.

Este apelo também foi ouvido em Itália, Holanda e na Dinamarca.

Os eleitores britânicos decidiram que o Reino Unido vai sair da UE, depois de o 'Brexit' (nome como ficou conhecida a saída britânica da União Europeia) ter conquistado 51,9% dos votos no referendo de quinta-feira, cuja taxa de participação foi de 72,2%.

O primeiro-ministro britânico, David Cameron, anunciou a sua demissão, com efeitos em outubro.

SCA // NS

Lusa/fim

+ notícias: Mundo

Mais de 60 detidos em novos protestos na Geórgia contra lei de agentes estrangeiros

Pelo menos 63 pessoas foram detidas na noite passada em Tbilissi, na Geórgia, em mais uma jornada de protestos contra a chamada “lei dos agentes estrangeiros”, que durou quase seis horas e em que ficaram feridos seis polícias.

Ex-membro da máfia de Nova Iorque escreve livro dirigido a empresários

Lisboa, 06 mai (Lusa) -- Louis Ferrante, ex-membro do clã Gambino de Nova Iorque, disse à Lusa que o sistema bancário é violento e que escreveu um livro para "aconselhar" os empresários a "aprenderem com a máfia" a fazerem negócios mais eficazes.

Secretário-geral das Nações Unidas visita Moçambique de 20 a 22 de maio

Maputo, 06 mai (Lusa) - O secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, vai visitar Moçambique de 20 a 22 de maio, a primeira ao país desde que assumiu o cargo, em 2007, anunciou o representante do PNUD em Moçambique, Matthias Naab.