A ministra das Finanças não garante que os cortes salariais para a função pública incluídos na proposta de Orçamento para 2014 sejam aplicáveis apenas durante o próximo ano, deixando em aberto a possibilidade de os manter em 2015.

"Nós reporemos os salários tão cedo quanto seja possível e reporemos as pensões tão cedo quanto seja possível. Mas atendendo a que o país está numa circunstância muito difícil e que a recuperação - que tem já sinais positivos - será ainda lenta, não podemos comprometer-nos a fazê-lo já no próximo ano", afirmou Maria Luís Albuquerque, numa entrevista hoje concedida à SIC.

"Eu gostaria muito de poder anunciar que é só um ano, mas acho imprudente fazê-lo", acrescentou a governante, referindo-se ao corte de 2,5% a 12% nos salários dos funcionários públicos que aufiram mais de 600 euros.

A medida está incluída na proposta do Orçamento do Estado para 2014, que o Governo entregou na Assembleia da República na terça-feira.

No documento, o executivo revela que o défice deste ano será de 5,9% do Produto Interno Bruto (PIB), acima da meta acordada com a 'troika' (Fundo Monetário Internacional, Banco Central Europeu e Comissão Europeia), que era de 5,5%.