Porto, 03 jun (Lusa) -- O Conselho Metropolitano do Porto (CmP) criou hoje um grupo de trabalho para apresentar ao Governo desafios, sugestões e dúvidas relacionadas com a eleição direta dos presidentes das áreas metropolitanas nas autárquicas de 2017.

O presidente do CmP, Hermínio Loureiro, afirmou que o desafio foi feito pelo ministro Adjunto, Eduardo Cabrita, recentemente.

"Dúvidas que eu próprio já levantei nos locais próprios, que se prendem com as competências", exemplificou Hermínio Loureiro.

De acordo com o autarca de Oliveira de Azeméis, este trabalho visa "eliminar zonas cinzentas relativamente sobre quem faz o quê" e se existem "conflitos com a Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional, com câmaras e comunidades intermunicipais".

Outra dúvida que precisa "de ser rapidamente esclarecida", salientou, prende-se com "o financiamento".

Para José Manuel Ribeiro, de Valongo, no âmbito desta reforma, "é fundamental" não esquecer a regionalização, sendo Portugal "o único país da Europa que não tem regiões administrativas".

"A arquitetura do estado português é a mais competitiva? Temos um carro a sério ou um calhambeque?", questionou, considerando que, na maior parte das vezes, o país tem "um calhambeque, bonito, caro mas que fica sempre em último".

O primeiro-ministro, António Costa, defendeu a 13 de abril, na Amadora, distrito de Lisboa, que nas próximas eleições autárquicas, em 2017, também sejam eleitos os presidentes das áreas metropolitanas de Lisboa e Porto, para passarem a ter maior "legitimidade" no desempenho de novas competências.

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