Porto, 29 abr (Lusa) -- Várias centenas de taxistas deram início pelas 09:30 na praça Gonçalves Zarco, no Porto, a uma marcha lenta de protesto contra o transporte de passageiros por condutores ligados à empresa de serviço de transporte privado Uber.

A marcha lenta vai percorrer a marginal do Porto até à zona da Ribeira, seguindo depois até aos Aliados, junto à Câmara do Porto, onde os taxistas serão recebidos pelo presidente da Câmara, Rui Moreira.

Em declarações à Lusa, José Monteiro, vice-presidente da Antral - Associação Nacional dos Transportadores Rodoviários em Automóveis Ligeiros, disse que o objetivo deste protesto é pedir a intervenção do autarca junto da tutela para que os objetivos do setor sejam alcançados, designadamente que o Governo suspenda a atividade da Uber.

O serviço de transporte Uber permite chamar um carro descaracterizado com motorista privado através de uma plataforma informática que existe em mais de 300 cidades de cerca de 60 países.

Rui Moreira "é um homem de convicções fortes. Vamos pedir para intervir junto da tutela utilizando a sua influência", disse o responsável, que falava à Lusa antes do início da marcha, quando os táxis se encontravam ainda concentrados naquela praça, conhecida por Castelo do Queijo.

José Monteiro referiu ainda prever que a marcha "corra dentro da normalidade", mas admitiu a eventualidade de ocorrerem "algumas provocações", apelando a que "os ânimos se mantenham calmos, para que [o protesto] seja pacífico".

O comissário da PSP do Porto José Ferreira afirmou à Lusa que os agentes irão acompanhar todo o percurso e estão preparados para intervir em qualquer eventualidade.

Quanto aos eventuais constrangimentos no trânsito devido a esta iniciativa, o agente referiu que não estão previstas grandes perturbações nos acessos e dentro da cidade, uma vez que os táxis seguirão pelas frentes marítima e ribeirinha do Porto.

Neste protesto são esperados cerca de dois mil carros.

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