Novo Banco: Banco de Portugal apoia reestruturação e elogia gestão de Stock da Cunha

| Economia
Porto Canal com Lusa

Lisboa, 25 fev (Lusa) - O Banco de Portugal manifestou hoje o seu apoio ao plano de reestruturação do Novo Banco, que implica a saída de 1.000 trabalhadores, deixando elogios à equipa de gestão liderada por Eduardo Stock da Cunha e aos colaboradores.

"O Banco de Portugal reitera o seu apoio à implementação, pela equipa de gestão, do plano de reestruturação oportunamente apresentado e aprovado pelas autoridades europeias", lê-se num comunicado do regulador bancário.

A Comissão Nacional de Trabalhadores (CNT) do Novo Banco denunciou hoje que, de acordo com "o plano de reestruturação imposto pela União Europeia e que já se encontra em curso, o banco terá que reduzir em 2016, cerca de 1.000 postos de trabalho, sendo suposto que 500 sejam através do recurso a um despedimento coletivo".

Os membros da CNT estiveram hoje reunidos com o Conselho de Administração do Novo Banco, num encontro que contou com a presença do presidente da instituição, Stock da Cunha, tendo-lhes sido passada esta informação, com a qual discordam.

Esta reunião teve lugar no dia seguinte à apresentação das contas do Novo Banco de 2015, marcadas pelo prejuízo de 980,6 milhões de euros.

Na ocasião, o presidente do Novo Banco, Eduardo Stock da Cunha, revelou que, do prejuízo total, quase 600 milhões de euros foram "herdados" do antigo BES, mais de metade do valor total.

E destacou a importância de a entidade ter obtido um resultado operacional (antes de impostos, imparidades e provisões) de 125 milhões de euros positivos em 2015.

Este desempenho "demonstra que o banco já é capaz de gerar resultados positivos", realçou Stock da Cunha, dizendo que isso é um sinal do regresso do banco à normalidade.

No comunicado de hoje, o Banco de Portugal sublinhou "a capacidade da equipa de gestão e dos colaboradores do Novo Banco em garantir o retorno do banco à normal atividade bancária e em preservar a confiança dos depositantes e clientes da instituição".

DN // CSJ

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