Vespas asiáticas habitam preferencialmente no Parque da Cidade do Porto

Vespas asiáticas habitam preferencialmente no Parque da Cidade do Porto
| Norte
Porto Canal com Lusa

As vespas asiáticas habitam preferencialmente no Parque da Cidade do Porto, Marquês e Foz, enquanto as gaivotas se concentram mais no centro histórico da cidade e junto ao rio Douro, conclui um estudo científico a apresentar esta quinta-feira no Porto.

Um trabalho recente denominado "Monitorização, georreferenciação e gestão de pragas urbanas" é apresentado esta quinta-feira durante o congresso especial de jovens investigadores da Universidade do Porto e revela que as vespas asiáticas, insetos que têm colonizado o Norte de Portugal, estão mais concentradas em zonas com "pontos de água e camélias (japoneiras)".

"A presença de camélias ou locais com pontos de água, são as condições favoráveis para a disseminação da presença da vespa asiática", conta a jovem investigadora Tânia Moreira, principal autora do estudo, referindo que os locais identificados como favoráveis para a presença daqueles insetos são, por exemplo, o Parque da Cidade, o Marquês e a Foz e jardins.

Em entrevista de antecipação à agência Lusa, Tânia Moreira, licenciada em Biologia e com mestrado em Ciências e Tecnologias do Ambiente, conta que para realizar o estudo trabalhou em parceria com a Câmara do Porto, nomeadamente para implementar "armadilhas artesanais" para diminuir a presença das vespas asiáticas na cidade.

"Tentámos encontrar locais que sejam potenciais para o aparecimento dessa espécie e implementámos (...) armadilhas, que de momento são artesanais, de forma a tentar prevenir a disseminação da espécie na cidade, em parceria com os municípios envolventes", como o Porto ou Matosinhos.

As armadilhas colocadas no terreno são feitas com garrafões de água de cinco litros vazios onde foram construídos orifícios próprios para a entrada de qualquer inseto, mas que não permitem a saída da vespa asiática, porque os orifícios são construídos de forma diagonal.

O trabalho identificou também os locais mais apreciados pelas gaivotas e pombas, outras "pragas" que a Câmara do Porto pretende combater para prevenir os impactos negativos que causam na cidade, conta a investigadora.

Na análise temporal, concluiu-se que a altura do ano mais perigosa é entre a primavera e o verão, altura da reprodução e nidificação daquelas aves.

Na análise espacial, os locais atualmente mais afetados pela presença das gaivotas e pombas são o centro histórico e as zonas junto ao rio Douro.

Verificou-se também, que como as gaivotas se adaptam perfeitamente ao meio urbano também estão a prejudicar as freguesias mais afastadas do rio Douro.

"Isto deve-se muito ao facto de se encontrar com bastante facilidade alimentos, como resíduos urbanos, e locais de abrigo para nidificação em locais afastados do rio Douro, explica Tânia Moreira.

Colocar dispositivos físicos onde há uma presença mais afluente daquelas aves, como por exemplo redes ou cabos, para impedir o pouso e a nidificação, foi uma das soluções aplicadas.

O estudo sobre monitorização, georreferenciação e gestão de pragas urbanas é apresentado no âmbito do "Encontro de Investigação Jovem" (IJUP) da Universidade do Porto que termina na sexta-feira, dia 19.

Há cerca de um ano, a 05 de março de 2015, a Lusa noticiou que as câmaras do Porto, Matosinhos e Vila Nova de Gaia tinham colocado em curso algumas medidas para travar a proliferação de gaivotas naquelas cidades, com destaque para a proibição de alimentar as aves, colocação de pinos em edifícios e falcões no rio Douro.

A propagação de bactérias multirresistentes das fezes das gaivotas do Porto e Matosinhos estava a estagnar, porque as cidades começaram a "tratar melhor os esgotos", revelou na altura Paulo Martins da Costa, investigador na área das resistências aos antibióticos.

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