Governo quer o ensino básico com aulas a tempo inteiro
Porto Canal (MYF)
O Governo de António Costa quer alargar, nos próximos quatro anos, a escola para tempo inteiro a todos os alunos do ensino básico (até ao 9ºano) com atividades extracurriculares. Pais, diretores de escolas e especialista na área concordam, mas alertam para a necessidade de garantir uma ocupação do tempo de qualidade.
Em cima da mesa estão algumas atividades, como a oferta de aulas de música, teatro ou desporto, com o objetivo de manter os alunos de todo o ensino básico na escola entre as 08h30 e as 19h30. Este alargamento facilitará também os pais que não têm onde deixar os seus filhos depois de terminarem as aulas.
Filinto Lima, Presidente da Associação de Diretores de Agrupamentos e Escolas Públicas (Andaep) mostra-se satisfeito com a medida, mas alerta que, para que esta medida avance, é necessário que o Estado abra “os cordões à bolsa”, acrescentando a possibilidade de as Câmaras Municipais também serem chamadas para integrarem este projeto”, à semelhança do que acontece no 1º ciclo, disse ao DN.
Apesar de o Ministério da Educação ainda não ter começado a negociar este tema, já é certo que se a medida avançar vai ser necessário contratar mais funcionários, professores ou técnicos e há quem defenda que os pais vão ter de comparticipar.
O Executivo inseriu a medida no programa de Governo do PS e das Grandes Opções do Plano para a legislatura de 2016-2019, onde escreveu que quer levar a cabo a "generalização da Escola a Tempo Inteiro em todo o ensino básico" e se propõe a rever os currículos e a reduzir a "carga disciplinar excessiva dos alunos".