Incêndios afectam produção de mel no vale do Sabor e parque do Douro Internacional

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Porto Canal / Agências

Mogadouro, 20 set (Lusa) - Os incêndios que deflagraram em julho e agosto na região do parque Natural do Douro Internacional e no vale do rio Sabor destruíram cerca de 500 colmeias e provocaram danos produtivos em cerca de 8.000.

Os números foram avançados à agência Lusa pela Associação de Apicultores do Parque Natural do Douro internacional (AAPNDI), que abrange os concelhos de Miranda do Douro, Mogadouro e Freixo de Espada à Cinta.

"Para as 8.000 colmeias afetadas temos vindo a reclamar apoios para a alimentação dos enxames, já que é praticamente impossível trasladar os colmeais para zonas onde haja alimentos para as abelhas", referiu o técnico na AAPNDI, Vítor Ferreira.

De acordo com o técnico, devido aos incêndios que "fustigaram" as regiões do Douro Superior, Parque Natural do Douro Internacional e do Planalto Mirandês"não há assim muitas áreas disponíveis para colocar os apiários".

"Já reclamámos junto da tutela apoios para a aquisição de alimentos para que possamos manter vivos os enxames até ao fim do inverno", frisou o técnico.

As 500 colmeias que foram destruídas pelas chamas estavam em produção. Para além da perda do efetivo, a produção de mel do corrente ano ficou "altamente comprometida".

"Já nos foi prometido que o potencial produtivo seria reposto. No que diz respeito aos apoios à alimentação, teremos de fazer outra contabilidade para sabermos o efetivo apícola que poderá ser apoiado",acrescentou Vítor Ferreira.

Nos entanto, os apicultores nordestinos mostram-se apreensivos com as elevadas temperaturas do mês de setembro e temem que possa haver mais incêndios na região "que comprometam ainda mais a produção de mel".

"Vamos ter de esperar pelas primeiras chuvas para fazer uma avaliação mais concreta dos prejuízos nos apiários causados pelos incêndios deste verão", enfatizou o responsável.

Segundo as contas do técnico da AAPNDI, uma colmeia pronta a predizer poderá custar cerca de 150 euros por unidade.

"Temos de ter em conta que cada colmeia destruída poderia ter média 20 quilos de mel, sendo que o produto poderá ser comercializado a três euros o quilo", contabilizou Vítor Ferreira.

Fruto dos incêndios e das condições climatéricas adversas, a as quebras na produção de mel da área de influência do AAPNDI poderão atingir os 75% da produção média anual.

FYP // JGJ

Lusa/fim

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