No dia em que parceiros censurarem futuro executivo, "o Governo acabou" - Costa
Porto Canal com Lusa
Lisboa, 10 nov (Lusa) - O secretário-geral do PS comparou hoje uma eventual moção de censura por parte dos parceiros de entendimento para a governação a um pedido de divórcio, admitindo que esse será o dia em que o futuro Governo PS "acabou".
"Sinto-me muito tranquilo e acho que é inequívoco o compromisso de que serão rejeitadas moções de censura apresentadas por PSD e pelo CDS. Quando os partidos que assinaram os acordos se predispõem a assegurar condições de governação na perspetiva da legislatura, pressupõem, naturalmente, que há condições de eles próprios não apresentarem moções de censura", disse António Costa, à saída do hemiciclo da Assembleia da República.
Minutos antes fora aprovada a moção de rejeição do PS ao Programa do XX Governo Constitucional, com 123 votos favoráveis de socialistas, BE, PCP, PEV e PAN, o que implica a demissão do executivo de Passos Coelho e Paulo Portas.
"No dia em que qualquer deles sentir a necessidade de apresentar uma moção de censura é como o dia em que qualquer um de nós mete os papéis para divórcio. Nesse dia, o casamento acabou, nesse dia o Governo acabou", afirmou o líder socialista.
Nos textos dos acordos celebrados horas antes com bloquistas, comunistas e ecologistas admite-se a hipótese de apresentação de moções de censura no futuro, embora se defenda "uma solução duradoura na perspetiva da legislatura".
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