Governo admite que economia poderá cair menos que o previsto

| Política
Porto Canal

O Governo admite nas Grandes Opções do Plano (GOP) que enviou hoje aos parceiros sociais que a queda da economia prevista para 2013 poderá ser inferior à prevista.

"No seu conjunto, os dados sugerem que o desempenho da economia poderá ser mais favorável do que o esperado", lê-se no documento a que a Lusa teve acesso.

As previsões do Governo e da 'troika' (Comissão Europeia, Fundo Monetário Internacional e Banco Central Europeu) apontam para que a queda da economia portuguesa atinja os 2,3% em 2013, depois de ter caído 1,6% em 2011 e 3,2% em 2012.

A sustentar a hipótese avançada pelo Governo nas GOP estão os dados positivos da economia portuguesa no segundo trimestre do ano, quando a economia cresceu 1,1% face ao trimestre anterior, naquele que foi o primeiro trimestre positivo depois de dez trimestres consecutivos em que a variação em cadeia da economia foi negativa.

Ainda assim, o Governo admite que estes resultados devem ser "analisados com prudência, atendendo a que a economia permanece vulnerável a riscos e incertezas, quer a nível interno, quer a nível internacional".

Nas GOP para 2014, o Governo assegura ainda que os principais desiquilíbrios da economia nacional já estão corrigidos.

"Dois anos após o pedido de ajuda internacional, os principais desequilíbrios estão corrigidos e inicia-se uma nova fase caracterizada pelo relançamento do investimento e pela recuperação da atividade económica", lê-se no documento.

Tal como já tinha sido anunciado pelo Governo, quando aprovou o anteprojeto das GOP, o cenário macroeconómico que faz parte do documento tem por base as projeções que resultaram do sétimo exame da 'troika'.

"Tendo em conta que este cenário se encontra em processo de atualização para efeito da apresentação do Orçamento do Estado para 2014 e em fase de discussão com as instituições internacionais relevantes no âmbito do Programa de Ajustamento Económico, esta secção será atualizada logo que possível", segundo o Governo.

O Executivo aprovou a 05 de setembro o anteprojeto das Grandes Opções do Plano (GOP) com as grandes linhas orientadoras para o próximo ano e enviou-o hoje ao Conselho Económico e Social (CES) para que este órgão emita o respetivo parecer.

Após o parecer do CES, o Governo aprovará a proposta final de GOP para 2014 e, juntamente com a proposta de Orçamento do Estado, enviá-las-á para a Assembleia da República até 15 de outubro.

O anteprojeto das GOP enviado ao CES apresenta um cenário macroeconómico desatualizado, tal como já tinha sido assumido pelo ministro da Presidência e dos Assuntos Parlamentares, Luís Marques Guedes.

O governante especificou que anteprojeto das GOP contém "o cenário macroeconómico oficial, existente neste momento", ou seja, o que resulta do sétimo exame regular de maio, e que o novo cenário macroeconómico só decorrerá do oitavo e novo exame regulares, que arrancam na próxima segunda-feira.

+ notícias: Política

PSD: Montenegro eleito novo presidente com 73% dos votos

O social-democrata Luís Montenegro foi hoje eleito 19.º presidente do PSD com 73% dos votos, vencendo as eleições diretas a Jorge Moreira de Silva, que alcançou apenas 27%, segundo os resultados provisórios anunciados pelo partido.

Governo e PS reúnem-se em breve sobre medidas de crescimento económico

Lisboa, 06 mai (Lusa) - O porta-voz do PS afirmou hoje que haverá em breve uma reunião com o Governo sobre medidas para o crescimento, mas frisou desde já que os socialistas votarão contra o novo "imposto sobre os pensionistas".

Austeridade: programa de rescisões poderá conter medida inconstitucional - jurista

Redação, 06 mai (Lusa) - O especialista em direito laboral Tiago Cortes disse hoje à Lusa que a constitucionalidade da medida que prevê a proibição do trabalhador do Estado que rescinde por mútuo acordo voltar a trabalhar na função Pública poderá estar em causa.