PCP diz que Cavaco está a "patrocinar manutenção" do Governo PSD/CDS-PP

| Política
Porto Canal com Lusa

Lisboa, 06 out (Lusa) -- A Marinha garantiu hoje que ativou um meio aéreo e o navio de patrulha oceânico para auxiliar a tripulação da embarcação que naufragou à entrada do porto da Figueira da Foz, devendo estar a chegar ao local.

Segundo o porta-voz da Marinha, comandante Paulo Vicente, a "embarcação está num sítio inacessível e ninguém consegue alcançá-la", devido às condições do mar.

"Está a chegar um meio aéreo e o navio de patrulha oceânico 'Figueira da Foz'", disse à Lusa o porta-voz da Marinha, explicando a que várias meios, incluindo motas de água, tentaram alcançar o local onde a embarcação naufragou, mas sem sucesso devido à agitação marítima.

Uma embarcação de pesca naufragou hoje à entrada do porto da Figueira da Foz, cerca das 19:30, desconhecendo-se para já a existência de vítimas mortais, observou a agência Lusa nas proximidades do local.

Também de acordo com testemunhas oculares, pescadores que estavam naquele momento no molhe norte do porto, a embarcação estava a entrar na barra e enquanto esperava por uma ondulação favorável foi atingida por uma onda que a virou, naufragando-a.

Uma lancha da polícia marítima no rio, 45 minutos depois do naufrágio de uma embarcação de pesca na entrada do porto da Figueira da Foz, era às 20:25, o único de salvamento aquático visível no local.

Mais de uma hora depois do naufrágio, às 20:40, cerca de duas centenas de pessoas estavam concentradas na cabeça do molhe sul do porto da Figueira da Foz e criticavam a falta de uma operação de salvamento e a ausência de embarcações no mar, como presenciou a agência Lusa no local.

Os populares e pescadores questionam a ausência do Instituto de Socorros a Náufragos (ISN) e questionaram diretamente o presidente da Câmara da Figueira da Foz, João Ataíde, que se encontra no local, inteirando-se do sucedido.

Às 19:32, via-se do molhe norte da Figueira da Foz, junto à praia, a embarcação virada a umas dezenas de metros do molhe sul e uma balsa de salvamento, não se descortinando se está ou não ocupada por pescadores.

Junto ao molhe norte estiveram igualmente várias ambulâncias e meios terrestres da Polícia Marítima, que entretanto abandonaram o local, aproximando-se da margem sul do rio.

De acordo com testemunhas oculares, surfistas que estavam na praia interior do molhe sul, o "Cabedelinho", disseram que estariam cinco a seis pessoas numa balsa de salvamento e dois pescadores agarrados ao casco do arrastão, que se virou a poucas dezenas de metros do molhe sul.

MSE (JLS/SSS) // ARA

Lusa/Fim

Lisboa, 06 out (Lusa) - O líder parlamentar do PCP afirmou hoje que o Presidente da República está a "patrocinar a manutenção no Governo das mesmas forças [políticas] que os portugueses disseram nas urnas que não queriam que continuassem".

O deputado comunista João Oliveira, no parlamento, lamentou a opção de Cavaco Silva de "avançar num caminho", previamente à "auscultação de todos os partidos para tomar uma decisão".

"Está a procurar ignorar que domingo passado houve eleições e que o Governo que até agora tinha maioria absoluta para governar foi derrotado e deixou de ter condições de legitimidade política na Assembleia da República para prosseguir o caminho de desastre que vinha executando", disse.

Segundo o parlamentar do PCP, "dizendo que não cabe ao Presidente, mas sim aos partidos políticos criar condições para um novo Governo e que não se substituirá aos partidos, [Cavaco Silva] está a passar por cima dos partidos políticos e do seu papel".

"O Presidente está a procurar insistir na perpetuação da política que vinha sendo executada pelo Governo, particularmente com aquelas notas de continuação da submissão externa no plano da participação de Portugal na NATO, as questões do euro, do Tratado Orçamental ou mesmo da renegociação da dívida", acrescentou.

Cavaco Silva, que esteve uma hora reunido com o presidente do PSD, líder da coligação Portugal à Frente (PSD/CDS-PP) e ainda primeiro-ministro, Passos Coelho, anunciou ter encarregado o chefe de Governo de desenvolver diligências para avaliar as possibilidades da constituição de uma "solução governativa que assegure a estabilidade política e a governabilidade do país".

O chefe de Estado adiantou ainda que não vai substituir-se aos partidos políticos no processo de formação do futuro executivo, mas sublinhou que este "é o tempo do compromisso" e a cultura da negociação deverá estar sempre presente.

HPG (VAM) // SMA

Lusa/Fim

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