Mercedes e Smart negam acusação de falsear emissões poluentes

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Porto Canal com Lusa

Lisboa, 25 set (Lusa -- O Ministério Público instaurou um inquérito à praxe académica que envolveu alunos da Universidade do Algarve e resultou no internamento hospitalar de uma aluna, adiantou à Lusa o gabinete de imprensa da Procuradoria-Geral da República (PGR).

Questionado pela Lusa, o gabinete de imprensa da PGR adiantou apenas que "o Ministério Público decidiu instaurar um inquérito relacionado com essa matéria".

Já na quinta-feira o Ministério da Educação e Ciência (MEC) informou que pediu esclarecimentos sobre o caso e afirmou que "aprecia a resposta rápida do reitor da Universidade do Algarve".

"O secretário de Estado do Ensino Superior contactou hoje [quinta-feira] de manhã o reitor da Universidade do Algarve a fim de se informar sobre o episódio ocorrido na noite de quarta-feira, em Faro, em que uma estudante teve de receber tratamento hospitalar e pediu-lhe para transmitir à estudante e à sua família os votos de rápido restabelecimento. O Ministério da Educação e Ciência aprecia a resposta rápida do Reitor da Universidade do Algarve, que instaurou um processo de averiguações ao caso reportado", lê-se num comunicado da tutela.

O reitor da Universidade do Algarve (UAlg) anunciou a abertura de um processo de averiguações.

O caso, que ocorreu na noite de quarta-feira na Praia de Faro, foi relatado ao reitor da academia algarvia pelos pais da aluna, de 19 anos, e que entrou agora para a universidade, o que levou António Branco a decidir instaurar um processo para apurar eventuais responsabilidades disciplinares dos estudantes da universidade envolvidos.

"Em consequência de alguma coisa que aconteceu na praia, uma aluna necessitou de assistência médica e isso constitui matéria suficiente para abrir um processo de averiguações que pode ter consequências disciplinares", disse António Branco à Lusa, sublinhando que a situação clínica da aluna "não é grave".

Fonte do Centro Hospitalar do Algarve (CHA) confirmou à Lusa que a jovem deu entrada na unidade de Faro, às 21:55 de quarta-feira, e que continuava, na quinta-feira de manhã, em observação no serviço de Urgência, estimando-se que tenha alta em breve.

De acordo com a edição 'online' do Jornal de Notícias, a alegada praxe a que a aluna do primeiro ano foi submetida consistia em enterrar os jovens na areia próximo da água, ficando imobilizados enquanto lhe eram dadas, à boca, bebidas alcoólicas.

Segundo António Branco, a universidade está agora a reunir informação sobre o sucedido para a abertura de um despacho "que seja sólido", o que deverá acontecer nos próximos dias.

No comunicado hoje enviado, o MEC recorda que emitiu recomendações em setembro de 2014 relativas a praxes académicas violentas e abusivas, alertando as instituições para o seu "dever de atuar para impedir que sejam levadas à prática, nas suas instalações ou fora delas, praxes humilhantes e vexatórias, que podem originar exercícios de violência física e psíquica sobre estudantes, claramente restritivos dos seus direitos, liberdades e garantias".

O período de matrículas para novos alunos é desde 2014-2015 acompanhado de uma campanha de sensibilização junto dos estudantes para que recusem participar em atos violentos, abusivos ou humilhantes, e ao longo de todo o ano os alunos podem denunciar práticas abusivas, com garantias de confidencialidade, através do email praxesabusivas@mec.gov.pt.

A tutela revelou no início de setembro que no primeiro ano de funcionamento do endereço de correio eletrónico para denúncias de praxes abusivas foram recebidas pelos serviços do MEC 80 queixas, das quais apenas 45 mereceram acompanhamento posterior.

IMA (MAD) // SO

Lusa/fim

Zurique, Suíça, 25 set (Lusa) -- O Ministério Público da Suíça abriu hoje um processo criminal ao presidente da FIFA, Joseph Blatter, e implicou o líder da UEFA, Michel Platini, no escândalo de corrupção que abala o organismo que tutela o futebol mundial.

Em comunicado, a procuradoria suíça esclarece que abriu um processo criminal contra Blatter "por suspeita de má gestão e apropriação indevida".

Neste processo, também está envolvido Platini, candidato à sucessão de Blatter nas eleições de fevereiro na FIFA, por, alegadamente, ter recebido do suíço "um pagamento ilegal" de dois milhões de francos suíços (cerca de 1,8 milhões de euros).

A FIFA foi abalada por um escândalo de corrupção em maio, a dois dias da reeleição de Blatter, num processo aberto pela justiça dos Estados Unidos e que levou a acusações a 14 dirigentes e ex-dirigentes.

No início de junho, Blatter apresentou a demissão, abrindo o caminho para novas eleições, marcadas para 26 de fevereiro.

Além de Platini, são também candidatos à presidência da FIFA o príncipe jordano Ali bin Al Hussein, antigo vice-presidente da FIFA, o sul-coreano Chung Mong-Joon, também antigo vice-presidente da FIFA, e o ex-futebolista brasileiro Zico.

NF/AO // JP

Lusa/Fim

Alcobaça, Leiria, 25 set (Lusa) -- Um homem assaltou hoje com uma arma de fogo a Junta de Freguesia de Cela, concelho de Alcobaça, onde existe um balcão dos CTT, disse à agência Lusa fonte do Comando Territorial de Leiria da GNR.

À agência Lusa, a mesma fonte adiantou que o roubo ocorreu cerca das 11:40 e que não há vítimas a registar.

"O suspeito é um indivíduo do sexo masculino que se apoderou de valores de montante desconhecido e que se colocou em fuga a pé", referiu este responsável.

O presidente da Junta de Cela, Paulo Mateus, informou que "foi roubado dinheiro da junta, que é agente dos CTT", desconhecendo igualmente o montante.

"Foi a primeira vez que a junta de freguesia foi assaltada à mão armada", declarou, referindo que o assaltante "apontou a pistola à funcionária, que deixou levar os valores, encontrando-se abalada com o sucedido".

A GNR foi ao local e a investigação está a cargo da Secção Regional de Combate ao Terrorismo e Banditismo sediada na Diretoria do Centro da Polícia Judiciária, em Coimbra.

SR // SSS

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Washington, 25 set (Lusa) - O crescimento económico dos Estados Unidos foi mais forte do que o previsto no segundo trimestre, impulsionado pelo consumo das famílias, indica a terceira e última estimativa do Departamento do Comércio divulgada hoje.

Entre abril e junho, o Produto Interno Bruto (PIB) norte-americano cresceu a um ritmo anual de 3,9%, uma acentuada recuperação em relação aos 0,6% do primeiro trimestre, quando o fraco crescimento foi atribuído ao inverno rigoroso.

A segunda estimativa apontava para um aumento do PIB de 3,7%, um número que os analistas esperavam agora que se confirmasse.

A aceleração no segundo trimestre reflete os gastos das despesas particulares, uma subida das exportações, investimentos mais dinâmicos da parte das empresas e uma recuperação nas despesas das autoridades estaduais e locais. As importações, que também pesam no PIB, desaceleraram.

As despesas dos consumidores registaram um aumento de 3,6%, o mais forte desde o último trimestre de 2014, quando a anterior estimativa indicava 3,1%.

Os investimentos das empresas também aceleraram 4,1% contra os 3,2% avançados anteriormente e as exportações subiram 5,1%.

O governo norte-americano vai publicar a primeira estimativa de crescimento do PIB no terceiro trimestre a 29 de outubro, dia da próxima reunião de política monetária da Reserva Federal, banco central norte-americano.

As previsões dos analistas apontam para um crescimento da ordem de 2,5% em 2015, depois dos 2,4% registados em 2014.

EO// ATR

Lusa/fim

Oliveira de Azeméis, Aveiro, 25 set (Lusa) - O presidente do PSD, Pedro Passos Coelho, anunciou hoje que, segundo informação governamental, cerca de 1.200 milhões de euros de fundos europeus serão pagos às empresas até ao final deste mês.

Num almoço com empresários inserido na campanha da coligação PSD/CDS-PP para as legislativas de 04 de outubro, em Oliveira de Azeméis, no distrito de Aveiro, o também primeiro-ministro adiantou que o Governo está a preparar decisões para acelerar a execução dos fundos do Portugal 2020.

Passos Coelho considerou que "ninguém levantará problemas com isso" entre os partidos da oposição, e referiu ter recebido estas informações de membros do seu executivo, citando os secretários de Estado Manuel Castro Almeida, Pedro Gonçalves e José Diogo Albuquerque.

IEL // JLG

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Lisboa, 25 set (Lusa) -- Portugal vai receber novas doses da vacina contra a tuberculose (BCG) de forma faseada entre final de outubro e fevereiro de 2016, o que permitirá vacinar cerca de 160 mil crianças, incluindo todas as nascidas este ano.

As dificuldades de fornecimento desta vacina, que começaram em março, estão ligadas a problemas com a produção no único laboratório que fabrica a vacina para a Europa, um laboratório público na Dinamarca.

Segundo um comunicado hoje divulgado pela Direção-geral da Saúde (DGS), o produtor da vacina prevê fornecer de forma faseada 24 mil frascos multidose de BCG entre fim do próximo mês e fevereiro do próximo ano.

"As doses de BCG que serão recebidas pelos serviços de saúde permitem vacinar cerca de 160 mil crianças, incluindo todas as crianças nascidas em 2015", refere a DGS, acrescentando que a administração das vacinas será organizada pelos hospitais e centros de saúde de todo o país.

Assim, os pais dos bebés que ainda não foram vacinados com a BCG serão contactados pelo respetivo centro de saúde para vacinar os seus filhos.

A regularização do fornecimento devia ter acontecido no início de agosto, mas, segundo informação dada na altura pela DGS, os lotes da vacina não revelaram conformidade de segurança total.

A Direção-Geral de Saúde (DGS) tem insistido que o problema de fornecimento da BCG "não constitui risco para a saúde pública", até porque a prevenção e o controlo da tuberculose se baseia em várias medidas, "além da vacinação dos recém-nascidos".

A única vacina BCG que está autorizada em Portugal, e na maioria dos países europeus, é produzida por um laboratório público da Dinamarca, mas, nos últimos anos, o fornecimento da vacina tem sofrido interrupções de duração variável.

Esta vacina tem um prazo de validade mais curto do que as outras vacinas do Programa Nacional de Vacinação, não permitindo armazenamentos de longo prazo.

Entretanto, o Ministério da Saúde já anunciou que está a ser avaliada a retirada da vacina BCG do Programa Nacional de Vacinação, com especialistas a defenderem que Portugal está em condições de suspender a administração universal da vacina, mantendo a vacinação a grupos de riscos.

ARP // SO

Lusa/fim

Barcelona, 25 set (Lusa) - A exclusão de uma Catalunha independente da União Europeia apenas se poderia dever "a uma vingança de Espanha", considerou hoje em entrevista à agência Lusa o cabeça de lista da plataforma pela independência nas eleições catalãs, Raul Romeva.

"Para começar, nenhum tratado diz nada sobre a separação de uma parte de um Estado-membro da UE e sobre o que se aconteceria a essa parte. Portanto, não estamos perante um problema jurídico, mas antes um problema político que requer uma solução política. A UE é tremendamente pragmática e flexível perante a realidade", afirmou Raul Romeva numa entrevista por escrito à Agência Lusa.

Romeva encabeça a Junts pel Sí, a plataforma política que pretende iniciar um processo de independência na Catalunha caso obtenha a maioria absoluta nas eleições autonómicas da região do próximo domingo.

A Junts pel Sí (Juntos pelo Sim) integra a Convergência Democrática Catalana (CDC) - partido do atual presidente catalão, Artur Mas (número quatro da lista) - a Esquerra Republicana Catalana (ERC) e vários movimentos cívicos. Caso obtenha pelo menos os 68 deputados regionais que lhe dão a maioria parlamentar - ou mesmo conseguindo o apoio da CUP (Candidatura de Unidade Popular, esquerda radical) - pretende concluir, através de negociações, uma declaração de independência no espaço de 18 meses.

Vários líderes europeus - entre os quais Pedro Passos Coelho, David Cameron (Reino Unido), Angela Merkel (Alemanha) e a própria Comissão Europeia - têm abordado a questão da eventual independência da Catalunha. Cameron disse mesmo que uma Catalunha independente não estaria fora da UE, como teria de ir "para o fim da fila" de países que pretendem aderir.

A permanência ou não da Catalunha na UE tem sido tema de campanha, com vários ministros do governo de Mariano Rajoy (PP, direita no poder) a darem por garantido o cenário da saída.

Romeva diz que a Europa sempre tem encontrado uma solução para este tipo de problemas.

"Na realidade, não estamos a fazer nada de novo: desde 2004 entraram na UE 13 novos membros, de dos quais sete não eram Estados independentes em 1990. Com isto quero dizer que as instituições da UE já reagiram perante casos similares e sempre encontraram uma solução boa para todas as partes", afirmou.

No entanto, o Tratado da União Europeia - na sua versão atualizada com a entrada da Croácia em 2013 lista 28 países (sem, obviamente, a Catalunha) e uma decisão quanto à entrada de um novo Estado-membro tem de ser tomada por unanimidade no Conselho Europeu, do qual faz parte Espanha.

"Uma exclusão da Catalunha da UE não beneficiaria ninguém: nem a Catalunha, nem a Espanha, nem a UE. Portanto, que sentido teria a sua exclusão? Apenas se poderia explicar na base da vingança espanhola e esse é um cenário que não faz sentido. Espanha será o primeiro país interessado na permanência da Catalunha na UE", sublinhou.

Um outro problema seria a permanência no sistema do euro. Sem um banco central regulado e integrado no Banco Central Europeu, a Catalunha poderia ficar fora da moeda única (o que é diferente de poder usar o euro como moeda, como faz Andorra) e isso traria consequências para as empresas e bancos no território, como várias associações setoriais têm alertado nas últimas semanas.

"Em relação ao euro, o mesmo governo espanhol admite que um Estado catalão poderia continuar a usa-lo desde o minuto um da independência", assegura Romeva, que dá o exemplo da Grécia para sustentar a sua argumentação sobre o pragmatismo de Bruxelas.

"Repare no que fez a UE para impedir a saída da Grécia da zona euro? e isso tendo em conta que a Grécia implica uma carga colossal para os cofres da UE! Como é que ia prescindir da Catalunha, que não só não lhes custa um euro, como é contribuinte líquido da UE, com mais de mil milhões de euros anuais", questiona o economista.

Por isso mesmo, Romeva acredita que "Espanha vai sentar-se para negociar" com os líderes catalães após as eleições, e o mesmo fará a Europa.

"Com um bom resultado eleitoral não temos nenhuma dúvida de que Espanha se vai sentar a negociar connosco. Também na UE se vão dar conta, em definitivo, de que este processo é irreversível e que, por isso mesmo, será melhor que o percorramos juntos, para que a transição seja mais fácil para todos", concluiu

NVI // PJA

Lusa/Fim

Barcelona, Espanha 25 set (Lusa) - A Catalunha quer ter com Espanha o mesmo tipo de relacionamento que Portugal tem com o país vizinho, "muito boa", mas com "respeito mútuo", declarou em entrevista à Lusa o cabeça de lista da plataforma pela independência da região.

"Não estamos nesta batalha política para conseguir uma melhor Autonomia: estamos nesta batalha política para conseguir a independência. Queremos ter a relação que Portugal tem com a Espanha: muito boa, mas a partir do respeito mútuo", afirmou Raul Romeva, o cabeça de lista da Junts pel Sí, a plataforma política que pretende iniciar um processo de independência na Catalunha caso obtenha a maioria absoluta nas eleições autonómicas da região do próximo domingo.

A Junts pel Sí (Juntos pelo Sim) integra o partido do atual presidente catalão, Artur Mas (número quatro da lista), a Convergência Democrática Catalana (CDC), a Esquerra Republicana Catalana (ERC) e vários movimentos cívicos. Caso obtenham pelo menos os 68 deputados regionais que lhe dão a maioria parlamentar - ou mesmo conseguindo o apoio da CUP (Candidatura de Unidade Popular, esquerda radical) pretende concluir, através de negociações, uma declaração de independência no espaço de 18 meses.

Romeva desvaloriza, por isso mesmo, a ideia de que os líderes catalães estarão a forçar estas eleições - que a Junts consideram um referendo de facto à independência - para obter uma posição de força junto de Madrid. Esta posição de força poderia servir para negociar um Estatuto de Autonomia da Catalunha (com mais benefícios do que aquele que existe no País Basco) ou um novo acordo fiscal.

"Essa é uma opinião respeitável, mas absolutamente equivocada. As pessoas que dizem isto têm muito pouca informação, ou a que têm é má, sobre o que é realmente o processo soberanista catalão. A fase da negociação para nos encaixarmos na Espanha caducou em 2012, quando o Estado fechou a porta a qualquer modificação do regime fiscal da Catalunha", declarou Romeva.

Nesse momento, acrescentou, "muita gente entendeu que a Catalunha jamais se poderia acomodar bem dentro desse Estado" [referindo-se a Espanha].

Segundo as contas do Governo central em Madrid, o défice fiscal da Catalunha (ou seja, a diferença entre aquilo que os catalães contribuem em impostos e aquilo que recebem em gastos públicos depois de passar pela administração central) é de 8,4 mil milhões de euros anuais. A Generalitat (governo regional da Catalunha) calcula que o défice fiscal da região é de 15 mil milhões de euros.

NVI // PJA

Lusa/Fim

Barcelona, Espanha 25 set (Lusa) - As relações entre Portugal e a Catalunha poderiam intensificar-se com uma independência da região, beneficiando de não ter o Estado espanhol "de permeio", disse em entrevista à Lusa o cabeça de lista da plataforma pela independência da Catalunha.

"Somos países vizinhos e as relações de todos os tipos (comerciais, académicas, institucionais, humanas e familiares) são muito próximas. Estou convencido de que tudo isto não será prejudicado pelo facto de a Catalunha se tornar independente. Pelo contrário: as relações vão intensificar-se porque já não haverá um Estado intermediário de permeio e porque boa parte de estas relações de que falo, económicas e institucionais, serão mais diretas e bilaterais", declarou Raul Romeva numa entrevista, por escrito, à Agência Lusa.

"Da mesma forma como dizemos que Espanha será um bom parceiro, um bom aliado e um bom vizinho do Estado catalão, também estou convencido de que Portugal o será. Não poderia ser de outro modo", sublinhou.

Romeva é o cabeça de lista da Junts pel Sí, a plataforma política que pretende iniciar um processo de independência na Catalunha caso obtenha a maioria absoluta nas eleições autonómicas da região do próximo domingo. A Junts pel Sí (Juntos pelo Sim) integra o partido do atual presidente catalão, Artur Mas (número quatro da lista), a Convergência Democrática Catalana (CDC), a Esquerra Republicana Catalana (ERC) e vários movimentos cívicos.

Economista de formação, Romeva acredita que as "relações entre Catalunha e Portugal serão sempre mais do que boas" e acredita que os portugueses, pela sua história, são dos povos europeus que mais bem conhecem as razões que levam a região a tentar separar-se de Espanha.

Na terça-feira, em Bruxelas, e com o presidente do Governo espanhol, Mariano Rajoy, a seu lado, defendeu a "integridade territorial de Espanha", juntando-se ao líder britânico, David Cameron, e à chanceler alemã, Angela Merkel, contra uma independência unilateral da Catalunha.

Romeva desvalorizou as posições de todos estes líderes europeus, mas deixou um recado claro: os Estados não se devem meter nos assuntos internos de outros Estados.

"Nesta fase do processo não esperamos qualquer posicionamento de nenhum país. Nem o pedimos nem o esperamos, porque entendemos que a dinâmica dos Estados é a de não se meterem nos assuntos internos dos outros Estados", salientou.

Por outro lado, sublinha, "cada vez há mais dirigentes políticos internacionais a tomarem posições sobre o processo catalão, alguns a favor e outros contra" a independência.

"Isto quer dizer que o caso catalão está internacionalizado, em grande medida graças às pressões do governo espanhol. No caso de Portugal também temos visto expressões públicas de simpatia, por exemplo por parte do ex-Presidente da República Mário Soares", afirmou.

NVI // PJA

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Lisboa, 25 set (Lusa) - O Banco de Portugal (BdP) revogou a autorização da sucursal do Banque Privée Espírito Santo (BPES), instituição de crédito com sede na Suíça, o que implica a dissolução e liquidação desta entidade, anunciou hoje o supervisor.

"A decisão fundamenta-se na redução para nível insignificante da atividade da referida sucursal, por período superior a seis meses", informou em comunicado a entidade liderada por Carlos Costa.

"Saliente-se que, desde dia 19 de setembro do ano passado, na sequência do processo de insolvência iniciado pela autoridade de supervisão suíça dos mercados financeiros - a FINMA - contra o BPES, sedeado na Suíça, a sucursal em Portugal desta instituição foi objeto de um conjunto de medidas de intervenção corretiva por parte do BdP", assinalou o supervisor bancário.

E acrescentou: "Medidas essas que se traduziram na proibição da concessão de novo crédito e na aplicação de fundos em quaisquer espécies de ativos, bem como na proibição de receção de depósitos, além da nomeação de gerentes provisórios".

O BdP relatou que a "sucursal prosseguiu uma evolução, que já vinha de finais de junho de 2014, de redução da sua atividade para os atuais níveis absolutamente insignificantes, deixando de abranger as atividades tipicamente bancárias e focando a sua atividade no desenvolvimento de ações tendentes à satisfação de todas as obrigações contraídas em Portugal, de forma a assegurar o cumprimento do disposto no artigo 54.º do RGICSF, e à futura cessação da respetiva atividade".

Segundo o regulador, "os depósitos detidos por clientes da sucursal foram já integralmente reembolsados e o valor dos títulos sob custódia da sucursal sofreu uma redução para montantes residuais desde setembro de 2014, tendo vindo a realizar-se um processo de transferência das carteiras dos clientes para outras instituições de crédito ou intermediários financeiros por eles indicados".

Relativamente aos ativos da sucursal, o BdP apontou para uma diminuição do crédito concedido a clientes em cerca de 60%, desde setembro de 2014, por virtude de ações de recuperação do mesmo, bem como a manutenção de um montante de liquidez que cobrirá integralmente os custos previsíveis da liquidação, prevendo-se ainda uma recuperação líquida adicional pela instituição da maior parte da sua carteira de crédito.

"Há cerca de um ano, o BdP interveio impondo com sucesso um 'ringfencing' [blindagem] dos ativos da sucursal para satisfação dos credores em Portugal. Depois de resolvidos os problemas fundamentais da instituição, procede-se agora à revogação da autorização, uma vez que se encontram, em larga medida, salvaguardados os interesses dos clientes da sucursal em Portugal", vincou.

De acordo com o BdP, "o reembolso dos clientes está praticamente concluído, representando um valor meramente simbólico, bem como o processo de transferência para outras instituições das carteiras de títulos detidas pelos respetivos clientes".

Nos termos da lei nacional aplicável, a revogação desta autorização produz os efeitos da declaração de insolvência, implicando a dissolução e liquidação judicial da sucursal, produzindo esta decisão efeitos a partir das 12 horas do dia 21 de setembro.

O processo de liquidação irá correr os seus termos pelo Tribunal do Comércio de Lisboa.

O BPES integrava o Grupo Espírito Santo (GES), que entrou em colapso há mais de um ano, com várias 'holdings' a avançarem com pedidos de insolvência devido à impossibilidade de respeitarem o reembolso de emissões de dívida colocadas no mercado, num processo que afetou também o Banco Espírito Santo (BES).

O BES, tal como era conhecido, acabou a 03 de agosto de 2014, quatro dias depois de apresentar um prejuízo semestral histórico de 3,6 mil milhões de euros.

O supervisor bancário, através de uma medida de resolução, tomou conta da instituição fundada pela família Espírito Santo e anunciou a sua separação, ficando os ativos e passivos de qualidade num 'banco bom', denominado Novo Banco, e os passivos e ativos tóxicos, no BES, o 'banco mau' ('bad bank'), que ficou sem licença bancária.

DN // ATR

Lusa/fim

Lisboa, 25 set (Lusa) -- A Portfuel, do empresário Sousa Cintra, tem a partir de hoje a concessão para a exploração de petróleo nas áreas de Aljezur e Tavira, onde será feita pesquisa em terra com métodos tradicionais.

O presidente da Entidade Nacional para o Mercado de Combustíveis (ENMC), Paulo Carmona, afirmou hoje à Lusa que os contratos de concessão, pesquisa, desenvolvimento e produção de petróleo nas áreas designadas por Aljezur e Tavira preveem apenas pesquisa em terra, com recursos a métodos tradicionais, por um período de quatro anos.

Isto é, se houver exploração ou sondagem com métodos não convencionais, por exemplo 'fracking' (fratura hidráulica) /'shale gas' (gás de xisto), terá de ser feito um estudo ambiental, acrescentou o responsável do organismo público que veio substituir a EGREP - Entidade Gestora de Reservas Estratégicas de Produtos Petrolíferos.

Segundo Paulo Carmona, "a Portfuel [Petróleos e Gás de Portugal] demonstrou interesse em fazer reconhecimento do terreno, porque acredita que há possibilidade de encontrar petróleo", referindo que estes serão os primeiros estudos de pesquisa de petróleo nas duas localizações.

Desde 1981 foram feitos em Portugal 27 furos, sempre iniciativa de privados, que no seu conjunto investiram cerca de 1.000 milhões de euros na tentativa de encontrar petróleo, explicou.

Todos os furos foram abandonados "ou porque estavam secos ou porque a quantidade encontrada era insuficiente para justificar o investimento", avançou o presidente da ENMC, realçando que todo o espólio decorrente dos estudos efetuados fica para o Estado, o que "permite ter um conhecimento profundo sobre o território".

JNM // CSJ

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Berlim, 25 set (Lusa) - A fabricante de automóveis Daimler, que detém a marca Mercedes-Benz, desmentiu firmemente a acusação de uma organização ambiental alemã de que também teria falseado os testes de emissões, tal como o grupo Volkswagen admitiu.

"Negamos categoricamente a acusação de manipular os testes de emissão em relação aos nossos veículos", disse o fabricante de Mercedes-Benz e Smart num comunicado.

"Um dispositivo que falseia as emissões de gases de forma ilegítima durante os testes nunca foi e nunca será usado na Daimler", adiantou.

"Os nossos motores estão dentro de todos os requisitos legais", referiu no comunicado, acrescentando que estava "a avaliar as opções legais" sobre as acusações feitas pela organização de proteção ambiental DUH.

A DUH alega que há "sinais detalhados de manipulações de emissões" por vários fabricantes de automóveis.

Além da Volkswagen e da Audi, que já admitiram, a DUH afirma que a Daimler, a BMW e a Opel - subsidiária da General Motors - também estão envolvidas.

A BMW negou na quinta-feira qualquer envolvimento no esquema de emissões, depois das suas ações terem caído após uma notícia da revista alemã Auto Bild que dizia que as emissões de um dos carros BMW a gasóleo excedeu os limites da União Europeia.

AJG // CSJ

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Ex-membro da máfia de Nova Iorque escreve livro dirigido a empresários

Lisboa, 06 mai (Lusa) -- Louis Ferrante, ex-membro do clã Gambino de Nova Iorque, disse à Lusa que o sistema bancário é violento e que escreveu um livro para "aconselhar" os empresários a "aprenderem com a máfia" a fazerem negócios mais eficazes.

Secretário-geral das Nações Unidas visita Moçambique de 20 a 22 de maio

Maputo, 06 mai (Lusa) - O secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, vai visitar Moçambique de 20 a 22 de maio, a primeira ao país desde que assumiu o cargo, em 2007, anunciou o representante do PNUD em Moçambique, Matthias Naab.

Síria: Irão desmente presença de armas iranianas em locais visados por Israel

Teerão, 06 mai (Lusa) - Um general iraniano desmentiu hoje a presença de armas iranianas nos locais visados por Israel na Síria, e o ministro da Defesa ameaçou Israel com "acontecimentos graves", sem precisar quais, noticiou o "site" dos Guardas da Revolução.