Seguro diz que redução do IVA na restauração é "da mais elementar inteligência fiscal"
Porto Canal / Agências
Águeda, 06 set (Lusa) - O secretário-geral do PS, António José Seguro, defendeu hoje a redução do IVA na restauração de 23% para 13%, considerando que se trata de uma medida "da mais elementar inteligência fiscal".
"É necessário baixar o IVA, como a Grécia baixou e como a Irlanda tem. Já não pedia que baixasse para a percentagem que tem a Espanha, mas que baixasse para os 13%", disse o líder do PS, no final de um almoço na Festa do Leitão, em Águeda.
Numa curta declaração aos jornalistas, António José Seguro alertou para a necessidade de o Governo baixar o IVA na restauração, porque isso "dá mais emprego, cria riqueza para o país e contribui para diminuir o défice".
Seguro considerou ainda um "disparate colossal" o aumento do IVA na restauração, argumentando que o Governo "ficou a perder", mesmo que tenha conseguido arrecadar mais receita com o imposto.
"O Estado teve de pagar mais em subsídios de desemprego para os trabalhadores que deixaram de trabalhar e recebeu menos de contribuições para a Segurança Social, por via de haver menos trabalhadores e restaurantes", explicou.
"É da mais elementar inteligência fiscal fazer esta redução do IVA", afirmou o líder socialista, lembrando que, nos últimos dois anos, um em cada quatro trabalhadores em restaurantes e na hotelaria perdeu o emprego.
"Se se mantiver o IVA nos 23%, isso quer dizer que, até ao final do ano, irão perder-se mais cerca de 40 mil postos de trabalho. Um país que já tem quase um milhão de desempregados não pode continuar assim a tratar os seus trabalhadores", afirmou.
Seguro lembrou ainda que o PS já entregou no Parlamento uma iniciativa legislativa a propor a redução do IVA na restauração, que vai ser discutida a 03 de outubro.
O líder do PS visitou depois várias obras de regeneração urbana de Águeda, onde teve oportunidade de contactar com populares.
Uma idosa que lamentou os cortes nas reformas, ouviu Seguro dizer que "vêm aí mais cortes". "Eles andam a escondê-lo para depois das eleições", avisou o socialista.
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