Rúben Macedo: “Encontrei uma família na casa do Dragão”
Porto Canal
Chegou ao FC Porto com 11 anos. Aos 12, foi viver para a Casa do Dragão, onde encontrou “uma família”, que o acompanha até hoje. Na época passada, sagrou-se campeão de Sub-19 e deu alguns passos importantes na equipa B dos azuis e brancos, à qual se junta em definitivo esta temporada.
Depois de um ano marcante, assinalado por momentos inesquecíveis, como “o triunfo sobre o Real Madrid na UEFA Youth League” ou a semana em que disputou três jogos em seis dias, está agora “concentrado em fazer um bom campeonato na Segunda Liga” e, quem sabe, até mesmo “lutar pelo título”.
O que o motivou a ir viver para a Casa do Dragão com apenas 12 anos?
No primeiro ano em que vim para o FC Porto, ainda me tentei deslocar diariamente de Amarante para o Porto. Mas era muito complicado. Levantava-me às seis da manhã, para apanhar o autocarro, e regressava a casa às dez da noite. Era muito cansativo, pelo que decidimos que era preferível mudar-me de vez para a Casa do Dragão. Apesar de estar longe da família, acabou por ser o melhor para todos.
Adaptou-se sem dificuldades?
Sim. Fui muito bem recebido e senti um forte apoio por parte do departamento pedagógico. Além disso, naquela altura vieram para a casa mais três rapazes da minha idade, o que facilitou bastante a integração.
Encontrou uma família?
Sem dúvida. Encontrei pessoas com quem podia falar abertamente e que me ajudaram em tudo, quer em termos de futebol, quer na escola.
Quando é que matava saudades dos seus pais e do seu irmão?
Ia sempre a Amarante ao fim-de-semana. Só lá estava praticamente um dia, mas era muito bom. Ainda hoje faço isso.
A promoção a sénior, esta época, implica deixar a Casa do Dragão. Está a lidar bem com a mudança?
Na realidade, já não é a primeira vez que saio de lá. Houve uma altura em que chegaram atletas mais novos e fui para uma casa de acolhimento durante dois anos, o que também se revelou uma experiência fantástica.
Como é que surgiu essa possibilidade?
Curiosamente, através de uma professora da minha escola, que também é de Amarante e que se ofereceu para me receber em casa dela. No início, foi um pouco estranho, mas hoje em dia, apesar de já não estar lá, sinto que aquela também é a minha casa. São pessoas muito importantes, que ainda hoje fazem parte da minha vida.