Nove municípios accionistas da Douro e Paiva apresentaram uma contestação judicial contra as Águas do Norte para impedir a fusão de vários sistemas pré-existentes.

A criação do sistema Águas do Norte foi alvo de uma contestação judicial apresentada por nove municípios accionistas da Douro e Paiva, que dizem ir “até às últimas consequências”. Os municípios de Arouca, Espinho, Oliveira de Azeméis, Matosinhos, Porto, Santa Maria da Feira, São João da Madeira, Vila Nova de Gaia e Valongo adoptaram uma estratégia comum de contestação à criação da Águas do Norte, S.A., que pretende fundir vários sistemas já existentes, incluindo a Águas do Douro e Paiva.

“A tentativa de fusão, lançada unilateralmente pelo Estado Central, contra a vontade unânime dos municípios, detentores de 49% do capital da empresa, não cumpre nenhum dos objectivos enunciados na decisão do Governo”, afirmam os municípios em causa.

Os municípios alegam que o novo sistema “implicará em cinco anos o desperdício de 13,5 milhões de euros, que serão subtraídos directamente aos municípios”.

Esta iniciativa dos municípios surge dois dias depois de o ministro do Ambiente ter anunciado que a reestruturação do sector da água iria fazer com que Portugal poupasse 92 milhões de euros por ano e 4.100 milhões até 2045.