A Polícia Judiciária está a realizar novas buscas a bens patrimoniais da família Espírito Santo e outros responsáveis do antigo BES.

Casas, quintas, escritórios e outros bens patrimoniais da família Espírito Santo e outros responsáveis do extinto BES estão a ser alvo de buscas por parte da Polícia Judiciária, esta quarta-feira, avança a imprensa. O objectivo da operação é apreender documentos que possam ser úteis ao processo que investiga os crimes de burla qualificada, fraude fiscal e branqueamento de capitais, para além de confiscar mais bens aos eventuais responsáveis pela queda do banco.

Esta operação da Unidade de Combate à Corrupção da PJ, em articulação com o Departamento Central de Investigação e Acção Penal, surge depois de outras recentes, em que o juíz Carlos Alexandre ordenou que fossem confiscados prédios de luxo em Lisboa, resorts no Algarve, a casa e a capela de Ricardo Espírito Santo, em Cascais, e a herdade da Comporta.

Entretanto já foram detectados novos bens que estão a ser arrestados pela polícia. O objectivo é que, caso os suspeitos sejam condenados, o dinheiro proveniente da venda destes bens seja para os clientes lesados do BES.

Em Maio, a Procuradoria-Geral da República esclareceu, em comunicado, que o arresto de bens a pessoas ligadas ao "Universo Espírito Santo" visa impedir "uma eventual dissipação de bens", que ponha em causa pagamentos em caso de condenação.

A notícia das buscas de hoje foi avançada pelo jornal Correio da Manhã.