Co-piloto era um entusiasta da aviação sem aparentes ligações terroristas

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Porto Canal / Agências

Montabaur, Alemanha, 26 mar (Lusa) - Andreas Lubitz, o copiloto suspeito de ter provocado deliberadamente a queda do avião da Germanwings, era um entusiasta da aviação desde a juventude, passou todos os testes psicológicos da companhia aérea e não tinha ligações terroristas conhecidas.

Lubitz, de 28 anos, voava para a subsidiária de baixo custo da transportadora aérea alemã Lufthansa e pertencia a um clube de aviação desde a juventude.

As autoridades alemãs, os empregadores de Lubitz e os vizinhos afirmam que não sabem o que poderá ter levado o piloto a fazer cair o avião, que levava mais 149 pessoas a bordo, nos Alpes franceses na quinta-feira.

O presidente executivo da Lufthansa, detentora da Germanwings, disse hoje numa conferência de imprensa que "não havia a mínima pista relativamente ao que poderia ter levado" a estas ações.

"Nem nos nossos piores pesadelos podíamos imaginar que este tipo de tragédia pudesse acontecer à nossa companhia", afirmou Carsten Spohr.

O responsável do clube de aviação LSC Westerwald, ao qual Lubitz pertencia, descreveu o aviador como uma pessoa comum.

"Era um jovem normal, ativamente envolvido na vida e sem qualquer característica incomum", disse Klaus Radke à AFP, classificando-o como "um profissional muito qualificado".

Face às terríveis descobertas que emergiram da investigação francesa, o clube prestou tributo a Lubitz através da sua página da Internet, dizendo que morreu a fazer o que gostava.

"Ele conseguiu concretizar o seu sonho, um sonho que agora lhe custou a própria vida", refere, acrescentando que Lubitz começou por pilotar um planador quando era adolescente.

Lubitz era originário de Montabaur e vivia com os seus pais nesta cidade, embora mantivesse um apartamento em Düsseldorf, um 'hub' da Germanwings para onde se dirigia o voo fatal que teve origem em Barcelona.

Alguns moradores da pequena cidade de 12.500 habitantes disseram que Lubitz tinha uma namorada e que os dois gostavam de ir correr juntos. O piloto tinha também um irmão mais novo, que não vivia com ele.

Lubitz trabalhava para a Germanwings desde setembro de 2013 e tinha 630 horas de voo.

De acordo com o presidente-executivo da Lufthansa, começou o curso de piloto em 2008, no centro de formação da companhia aérea alemã, sendo admitido depois de passar por uma rigorosa avaliação psicológica.

Suspendeu a formação durante "alguns meses", antes de concluir o curso em 2012, e trabalhou também como comissário de bordo para a Lufthansa.

O ministro do Interior alemão, Thomas de Maiziere, disse hoje não existir qualquer indicação de que Lubitz tivesse "um passado terrorista", confirmando as informações das autoridades francesas.

RCR // JPS

Lusa/Fim

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