Canadá e companhias europeias impõem voos com dois tripulantes na cabine

Canadá e companhias europeias impõem voos com dois tripulantes na cabine
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Porto Canal

As companhias aéreas canadianas e algumas europeias começam hoje a aplicar a medida que obriga à presença de dois membros da tripulação no 'cockpit' durante os voos, depois do desastre provocado por um copiloto da companhia Germanwings.

As companhias aéreas Easyjet, Norwegian, Icelandair anunciaram que vão passar a impor a presença em permanência de duas pessoas nas cabines dos aviões, numa reação à informação de que o desastre com o avião da Germanwings nos Alpes franceses, que matou 150 pessoas, foi provocado pelo copiloto.

No Canadá, a ministra dos Transportes afirmou que a medida entra "imediatamente em vigor".

Outras companhias aéreas europeias estão a considerar a hipótese de aplicarem a medida, mas aguardam o fim da investigação judicial para tomar uma decisão.

A federação alemã dos transportes aéreos anunciou também que defende a mudança das regras nos voos, de modo a que haja sempre dois membros da tripulação na cabine de comando.

Questionado sobre o assunto, o presidente do conselho de administração da companhia aérea alemã Lufthansa, Carsten Spohr, afirmou não ver necessidade de mudar os procedimentos, mas que a empresa vai conversar com especialistas e com as autoridades sobre a matéria.

Para o presidente do sindicato dos pilotos alemães Cockpit, Ilja Schulz, a medida não é suficiente, porque não garante a segurança a 100 por cento "já que um colega pode derrotar outro".

"A regulamentação da Autoridade Europeia de Segurança Aérea não exige que o piloto seja substituído por um membro da tribulação quando sai do cockpit", disse um porta-voz daquela agência.

A regulamentação, acrescentou, obriga os pilotos a permanecer na cabine durante todo o voo, exceto para necessidades fisiológicas.

Nos voos de longo, a tripulação é composta por três pilotos, e um pode sair para descansar.

Nos Estados Unidos, o regulador, a Autoridade Federal da Aviação, exige que o piloto e copiloto permaneçam na cabine da descolagem à aterragem e só podem sair para "tarefas relacionadas com operações do aparelho ou para necessidades fisiológicas".

Depois dos atentados de 11 de setembro, a autoridade da aviação norte-americana passou a exigir um membro da tripulação na cabine quando um dos pilotos sai.

Na Europa, a finlandesa Finnair já obriga à presença de duas pessoas em permanência na cabine, tal como na Ryanair, companhia de baixo custo da Irlanda, e na espanhola Iberia.

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