Juiz vai arquivar processo do Meco

Juiz vai arquivar processo do Meco
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Porto Canal

O juiz de instrução do Tribunal de Setúbal anunciou hoje que vai arquivar o processo do caso relacionado com a morte de seis jovens universitários na praia do Meco, a 15 de dezembro de 2013.

"Não se vislumbra qualquer elemento de um comportamento tirânico ou maléfico do arguido", disse o juiz Nélson Escórcio, convicto de que na fase na instrução não foram trazidos aos autos novos factos que pudessem indiciar o 'dux´ da Universidade Lusófona de Lisboa da prática de qualquer crime.

"Estes jovens (que morreram na praia do Meco) estavam lá porque queriam, porque gostavam, em torno de uma causa", acrescentou o magistrado, que optou por fazer apenas um resumo da decisão de não pronunciar o arguido João Gouveia, único sobrevivente da tragédia na praia do Meco, em Sesimbra, no distrito de Setúbal.

O advogado das famílias dos seis jovens, Vítor Parente Ribeiro, manifestou opinião contrária e, logo que foi conhecida a decisão do juiz do tribunal de Setúbal, anunciou a intenção de interpor recurso para o Tribunal da Relação.

"Entendo que existem indícios fortes de que se verificou aquele crime (abandono ou exposição)", contrapôs o advogado, que à entrada para o tribunal já tinha defendido a responsabilização do Estado português pela forma como decorreu a investigação, que só teve inicio muito tempo depois dos factos.

Na altura, Vítor Parente Ribeiro admitiu também a possibilidade de levar o caso ao Tribunal Europeu dos Direitos do Homem.

Os familiares dos seis jovens que morreram na praia do Meco também não concordam com a decisão do juiz do tribunal de Setúbal, como deixou claro Fernanda Cristóvão, mãe de Ana Catarina Soares, uma das jovens que morreu na praia do Meco.

"Assistimos a uma missa com padre bem preparado", disse, assegurando que, apesar de desiludidos, os familiares dos seis jovens "continuam a acreditar que justiça será feita e que a morte dos filhos não foi em vão".

"Iremos continuar a lutar com todas as nossas forças para que aqueles que tudo têm feito para que a verdade não seja apurada, percebem que num Estado de Direito não vale tudo e que a perda de vidas humanas não se compagina com a existência de interesses obscuros de alguns elementos da sociedade", acrescentou, sem especificar a quem se referia.

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