Governo grego reitera que acordo não é novo resgate e mantém compromissos

| Economia
Porto Canal / Agências

Atenas, 24 fev (Lusa) - O governo grego reiterou hoje que o acordo alcançado com o Eurogrupo para prolongar por quatro meses o financiamento ao país não é um novo resgate, mas um alargamento do empréstimo.

"O governo grego não aceitou a utilização da expressão 'programa atual' o que significa pedir um prolongamento do memorando e insistiu até ao fim que a linha de crédito e o memorando são coisas distintas", segundo fontes governamentais citadas pela Efe.

De acordo com as mesmas fontes, a lista de medidas enviadas a Bruxelas e aprovada pelas instituições mantém os compromissos assumidos e "baseia-se na agenda do governo, ou seja, no conceito de que o principal problema da economia grega é a evasão fiscal dos ricos".

O acordo do governo com as instituições "enterra" as decisões do governo anterior e "o programa de novos cortes que este tencionava aplicar se a Nova Democracia e o Pasok (partidos da anterior coligação governamental) ganhassem as eleições", disseram as fontes, insistindo que não haverá "novos cortes nas pensões, não haverá despedimentos no setor público e não haverá aumento de impostos para os mais pobres e para a classe média".

O executivo liderado por Alexis Tsipras defende que este acordo "inclui grande parte do Programa de Salónica", um plano de ajuda social que contempla "medidas de justiça fiscal e outras destinadas a combater a crise humanitária", como cupões para alimentos e eletricidade gratuita, cuja aplicação, de acordo com as referidas fontes governamentais, "não põe em perigo o equilíbrio orçamental".

"É evidente que numa negociação nenhuma das partes pode impôr a cem por cento os seus pontos de vista", justificam, adiantando que o acordo inclui pontos de vista com os quais o governo não está de acordo e que serão reforçadas as posições gregas nas próximas negociações tendo em vista "um acordo final".

EO// ATR

Lusa/fim

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