PCP quer ouvir Teixeira dos Santos e Maria Luís Albuquerque sobre "Swissleaks"

| Política
Porto Canal / Agências

Lisboa, 12 fev (Lusa) - O grupo parlamentar comunista requereu hoje a audição parlamentar da atual ministra das Finanças, Maria Luís Albuquerque, e do seu antecessor do governo socialista, Teixeira dos Santos, sobre o caso de fraude fiscal e branqueamento de capitais "Swissleaks".

Os deputados do PCP querem interrogar aqueles responsáveis políticos sobre as "diligências do Estado português" sobre o assunto.

A bancada comunista colocou ainda seis perguntas à ministra de Estado e das Finanças, designadamente sobre a existência de algum beneficiário dos Regimes Excecionais de Regularização Tributária (RERT) no escândalo agora tornado público.

O grupo parlamentar do BE requereu também hoje a audição, com caráter de urgência, do secretário de Estado dos Assuntos Fiscais igualmente sobre "o esquema de fuga ao fisco e ocultação de dinheiro promovido pelo HSBC Private Bank".

A investigação, batizada "Swissleaks", revela documentos fornecidos por um informático, Hervé Falciani, ex-trabalhador do HSBC em Genebra, ao governo francês em 2008, que deu início a uma investigação. O jornal francês Le Monde teve acesso a parte da documentação e partilhou-a com aquele consórcio e com jornalistas de mais de 40 países.

Portugal surge em 45.º lugar na lista de países que constam da informação divulgada, com um total de 969 milhões de dólares (855,8 milhões de euros) depositados no HSBC Private Bank, distribuídos por 778 contas bancárias de 611 clientes. Pelo número de clientes, Portugal surge em 33º.

Das 778 contas bancárias, 531 foram abertas entre 1970 e 2006, e dos 611 clientes com ligações a Portugal, 36 por cento tem passaporte português, indicam as informações divulgadas pelo ICIJ.

A informação divulgada refere ainda que a maior quantidade de dinheiro de um cliente do banco ligado a Portugal é de 161,8 milhões de dólares (142,9 milhões de euros), mas a identidade não é revelada.

Os jornalistas analisaram cerca de 60.000 ficheiros, alguns dos quais com informações que denunciam que o banco tinha conhecimento de práticas ilícitas de alguns clientes.

HPG (VAM) // SMA

Lusa/Fim

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