Reformados exigem ao Governo descongelamento e actualização das pensões
Porto Canal com Lusa
Cerca de 80 reformados concentraram-se hoje junto ao Ministério da Solidariedade, em Lisboa, para exigir o descongelamento e a reposição dos valores cortados às pensões, disse à agência Lusa fonte da organização do protesto.
"Ao contrário do que o Governo tem dito, as pensões têm estado congeladas desde 2010 e nós exigimos, não só o descongelamento das pensões, como a sua atualização em 4,7 por cento para todas as pensões e 25 euros mensais nas pensões mínimas", disse à agência Lusa Casimiro Menezes, presidente da Confederação Nacional de Reformados, Pensionistas e Idosos (MURPI).
A exigência consta de um documento que os representantes do MURPI entregaram hoje no Ministério da Solidariedade, Emprego e Segurança Social e no qual os reformados exigem também "a devolução dos cortes que foram feitos ao longo do programa de austeridade" e "melhor qualidade no acesso a cuidados de saúde" para que a "mortalidade verificada ao longo dos últimos meses seja travada" e se possa evitar "uma calamidade social".
Os reformados concentraram-se ao início da manhã junto ao Centro Nacional de Pensões, em Entrecampos (Lisboa), seguindo depois para o Ministério da Solidariedade, Emprego e Segurança Social, na Praça de Londres, onde foram recebidos pelo chefe de gabinete do ministro Pedro Mota Soares.
Manifestações semelhantes realizaram-se no Porto, São João da Madeira, Aveiro, Santa Maria da Feira, Ovar, Marinha Grande, Coimbra, Santarém, Setúbal, Sesimbra, Seixal, Barreiro, Moita, Almada, Beja e Évora.
"Em todas estas cidades houve mobilização, distribuição de documentos e entrega nos centros de segurança social de uma resolução exigindo as nossas reivindicações", disse Casimiro Menezes.
Depois da jornada de protestos de hoje, o presidente do MURPI disse estar já em preparação uma nova ação nacional com o objetivo de "dar continuidade e reforçar os objetivos da luta" dos reformados.
Cerca de 20 por cento da população portuguesa tem mais 65 anos, segundo dados da Pordata, o que coloca Portugal como o quarto país da União Europeia com maior percentagem de idosos.
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