Lisboa, 12 jan (Lusa) - O administrador da Ongoing na PT disse que a realização da assembleia de credores da Oi, a 26 de janeiro, foi a única razão pela qual os acionistas da PT SGPS remarcaram a reunião magna para 22 de janeiro.

"Essa é a razão pela qual pedimos dez dias [para a remarcação da assembleia-geral da PT SGPS]. Não queríamos - os acionistas de referência da PT SGPS - entorpecer os trabalhos de uma assembleia de credores que são sempre complexos", disse Rafael Mora, após a suspensão dos trabalhos da assembleia-geral da PT SGPS, que foi hoje remarcada para 22 de janeiro.

Rafael Mora sublinhou ainda que os acionistas não queriam "obviamente por em causa o bom desenvolvimento dos trabalhos da assembleia de credores" e lembrou: "Não nos podemos esquecer que o nosso principal ativo continua a ser a Oi".

O administrador da Ongoing disse que a Telemar/Oi não pôde votar hoje na decisão de suspensão, aprovada com 90% dos votos dos acionistas presentes ou representados (50% do capital), por entendimento do presidente da mesa da AG, António Menezes Cordeiro.

Sobre se a fusão entre a PT SGPS com a brasileira Oi pode ser posta em causa, Rafael Mora frisou que "o que falta agora é a entrada no Novo Mercado da Oi, mais nada".

Questionado sobre se a próxima assembleia poderá incluir mais pontos além da aprovação da venda da PT Portugal à Altice, Rafael Mora disse a proposta da Ongoing "não tem novos pontos e é a continuação desta AG daqui a 10 dias".

Quanto às alegadas ligações da Ongoing à Altice, Rafael Mora foi perentório: "São falsas, não há nenhum acordo conversado com a Altice, já emiti hoje um pedido de direito de resposta em função desta história toda que se está montando".

JMG/ALU// ATR

Lusa/fim