Lisboa, 09 dez (Lusa) - O antigo administrador do Banco Espírito Santo José Maria Ricciardi considerou hoje que as imparidades registadas na Espírito Santo International (ESI), que vieram a ditar o colapso do Grupo Espírito Santo (GES), se acumularam devido a má gestão.

Durante a sua audição na comissão de inquérito parlamentar ao caso Banco Espírito Santo (BES), que está a decorrer hoje à noite no parlamento, Ricciardi vincou que "a principal justificação para a situação da ESI é a má gestão".

"Havia progressivamente uma falta de credibilidade junto a muitos colaboradores da empresa, porque havia práticas, no mínimo, eticamente, reprováveis", declarou, acrescentando que, "por isso, os prejuízos iam acontecendo e, em vez de serem postos em cima da mesa, eram possivelmente disfarçados".

Ricciardi assegurou que não se apercebeu, na altura, dos problemas que se vinham a acumular na ESI e que foram detetados numa auditoria feita no final do ano passado pela KPMG, a pedido do Banco de Portugal.

"Fui-me apercebendo progressivamente da má gestão", sublinhou.

DN/PPF // ARA

Lusa/Fim