Inquérito/BES: Presidente do Fundo de Resolução assegura impacto "zero" nos contribuintes

| Economia
Porto Canal / Agências

Lisboa, 25 nov (Lusa) - O presidente do Fundo de Resolução da Banca, José Ramalho, asseverou hoje que haverá impacto "zero" nos contribuintes com uma eventual venda do Novo Banco abaixo do preço do empréstimo.

Num "cenário hipotético", e se a dimensão entre o valor injetado no banco e o valor da futura venda for muito elevado, poderá ser todavia definida uma "estrutura de financiamento que se prolongue no tempo", mas sempre com uma condição: "São os bancos que têm de pagar essa diferença", disse José Ramalho, também vice-governador do Banco de Portugal (BdP).

O responsável falava em audição na comissão parlamentar de inquérito à gestão do BES e do Grupo Espírito Santo (GES), estando José Ramalho a ser ouvido desde as 15:00 de hoje.

"Se a diferença for muito grande, não forçaremos naturalmente os bancos a pagar de imediato", disse aos parlamentares o presidente do Fundo de Resolução da Banca, referindo-se a uma eventual diferença entre o valor injetado no Novo Banco e a venda futura da instituição.

Na semana passada, o governador do BdP, Carlos Costa, disse haver "indicação de que há interessados" na compra do Novo Banco, acrescentando que, se for encontrada uma solução na qual seja garantida, por exemplo, a "concessão de crédito necessária" à economia, ter-se-á "passado ao lado de uma tempestade".

O governador reconheceu ainda que pode ser feito um "pequeno desconto" na venda do banco face ao dinheiro injetado pelo Fundo de Resolução (4,9 mil milhões de euros).

A comissão de inquérito à gestão do BES e do Grupo Espírito Santo (GES) arrancou na semana passada e José Ramalho é a sétima personalidade a ser ouvida no parlamento.

A comissão de inquérito tem um prazo de 120 dias, que pode eventualmente ser alargado.

A 03 de agosto, o Banco de Portugal tomou o controlo do BES, após a apresentação de prejuízos semestrais de 3,6 mil milhões de euros, e anunciou a separação da instituição em duas entidades: o chamado banco mau (um veículo que mantém o nome BES e que concentra os ativos e passivos tóxicos do BES, assim como os acionistas) e o banco de transição que foi designado Novo Banco.

PPF/DN // ATR

Lusa/Fim

+ notícias: Economia

Bruxelas elogia cortes "permanentes de despesa" anunciados pelo Governo

A Comissão Europeia saudou hoje o facto de as medidas anunciadas pelo primeiro-ministro se basearem em "reduções permanentes de despesa" e destacou a importância de existir um "forte compromisso" do Governo na concretização do programa de ajustamento.

Bruxelas promete trabalhar "intensamente" para conluir 7.ª avaliação

Bruxelas, 06 mai (Lusa) -- A Comissão Europeia está empenhada em trabalhar "intensamente" para terminar a sétima avaliação à aplicação do programa de resgate português antes das reuniões do Eurogrupo e do Ecofin da próxima semana, mas não se compromete com uma data.

Euribor sobe a três meses e mantém-se no prazo de seis meses

Lisboa, 06 mai (Lusa) -- A Euribor subiu hoje a três meses, manteve-se inalterada a seis meses e desceu a nove e 12 meses, face aos valores fixados na sexta-feira.