Goya e Caravaggio entre 141 obras da exposição dos palácios reais de Espanha

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Porto Canal / Agências

Lisboa, 21 out (Lusa) - Mestres da pintura como Goya, Caravaggio e Velázquez estão representados na exposição sobre os tesouros reais de Espanha, com 141 obras, que hoje é inaugurada no Museu da Fundação Calouste Gulbenkian, em Lisboa, centrada no colecionismo da monarquia.

A exposição intitula-se "A História Partilhada. Tesouros dos Palácios Reais de Espanha", e é uma iniciativa do Património Nacional de Espanha, que escolheu o Museu Gulbenkian para apresentar 140 peças de tapeçaria, pintura, armaria, escultura, mobiliário e arte sacra que nunca foram exibidas em Portugal.

A única exceção é um retrato a óleo sobre madeira de D. Isabel de Portugal, pintado por Joos van Cleve, no século XVI, cedido pelo Museu Nacional de Arte Antiga, em Lisboa, para completar a narrativa de um dos núcleos da exposição, indicaram os curadores, numa visita guiada para a comunicação social.

Com curadoria da responsabilidade do diretor do Museu Gulbenkian, João Castel-Branco Pereira, de Pilar García e Álvaro del Campo, a mostra foi criada privilegiando os acontecimentos históricos de Espanha partilhados com Portugal ao longo de 350 anos.

"As peças mostram o sentido do gosto pelo colecionismo e o recurso aos melhores artistas da época", sublinhou João Castel-Branco, indicando que o Museu Gulbenkian escolheu 70 peças do conjunto.

Através das 141 peças percorre-se um período de tempo que vai de Isabel, a Católica, rainha de Castela e Leão, e ainda de Aragão pelo casamento com Fernando II, em 1469, até à portuguesa Isabel de Bragança, rainha de Espanha por casamento com Fernando VII.

A Isabel de Bragança (1797-1818), apreciadora das artes, deve-se a fundação do Museu do Prado, em Madrid, um dos museus mais visitados do mundo.

Os curadores espanhóis sublinharam, na visita, "o papel fundamental das mulheres da realeza no incentivo ao mecenato nas artes, em Espanha", como foi ainda o caso de Isabel, a Católica, cujo retrato, de um autor desconhecido, abre esta mostra, acompanhado por objetos que lhe pertenceram.

As 140 peças vão estar no Museu Gulbenkian até 25 de janeiro de 2015, por iniciativa do Património Nacional de Espanha, instituição responsável pela preservação dos palácios ainda utilizados pela Casa Real de Espanha, alguns conventos de fundação régia e os respetivos acervos.

O antigo património real de Espanha, cuja tutela e gestão aquela entidade tem a seu cargo, reúne 155 mil obras, distribuídas por 22 entidades de diferentes zonas do país.

Na exposição em Lisboa, o público poderá ver o único quadro de Caravaggio (1571-1610) que existe naquela coleção, "Salomé com a cabeça de São João Batista" (1606-1607), e três pinturas de Goya, duas delas provenientes da residência pessoal do atual rei de Espanha, Filipe VI de Bourbon.

De Francisco de Goya (1746-1828) podem ser vistos "Caridade de Santa Isabel de Portugal" (1816), "Fabrico de Pólvora" (1814) e "Fabrico de Balas" (1814).

A exposição documenta as diferentes formas de transmissão da imagem da monarquia, enquanto instrumento ideológico de poder ou como reflexo dos gostos, vivências e ocupações da família real.

"A História Partilhada. Tesouros dos Palácios Reais de Espanha" abre ao público na quarta-feira, no Museu Gulbenkian.

AG // MAG

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