Oi diz que não recebeu qualquer proposta de compra da PT Portugal

| Economia
Porto Canal / Agências

Redação, 07 out (Lusa) - A operadora brasileira Oi esclareceu hoje que não existe qualquer decisão quanto à eventual venda da PT Portugal e que nem sequer recebeu qualquer proposta nesse sentido.

A Oi, que tem em curso um processo de combinação de negócios com a PT, divulgou um comunicado a pedido da bolsa de valores de São Paulo, Bovespa, no qual "esclarece que, até a presente data, não existe decisão visando a alienação" dos "seus ativos em Portugal", "nem tão pouco recebeu qualquer proposta para isso".

O esclarecimento, assinado pelo diretor de Finanças e de Relações com Investidores da Oi, Bayard De Paoli Gontijo, foi pedido pela Bovespa depois de o jornal Valôr Econômico ter noticiado na segunda-feira que a "Oi vende tudo da PT e foca operação no Brasil".

A comunicação social portuguesa divulgou na segunda-feira que o grupo francês Altice, liderado pelo milionário Patrick Drahi, está em negociações para comprar a PT Portugal e, segundo disse à Lusa fonte ligada ao processo, essas negociações "estarão numa fase preliminar".

"Há vontade de comprar e há vontade de vender", afirmou a mesma fonte, acrescentando que os acionistas portugueses não estão a participar no processo.

Os bancos envolvidos na operação são o Morgan Stanley e a Goldman Sachs, confirmou a fonte, tal como tinha noticiado hoje o Diário Económico.

Hoje a agência de informação financeira Bloomberg lembrou que o valor de mercado da PT Portugal rondará os 1,5 mil milhões de euros e que "o objetivo é chegar a um acordo sobre os ativos portugueses dentro de algumas semanas", citando uma pessoa próxima do assunto, que pediu o anonimato.

A PT Portugal é hoje detida integralmente pela Oi, após o aumento de capital da brasileira em maio.

A Altice está em Portugal desde 2012 com a compra da Cabovisão e reforçou a sua presença em 2013 com a aquisição da Oni.

No comunicado hoje divulgado ao mercado, a Oi "reitera que é parte de sua estratégia buscar e analisar alternativas para reforçar e melhorar sua flexibilidade financeira, permitindo aumentar os vencimentos e maturidades da sua dívida, reduzir o custo associado ao financiamento e fortalecer a sua posição de liquidez, inclusive por meio de eventual alienação de ativos não estratégicos e participações em controladas".

Como exemplo, deu as participações da Oi na Africatel Holdings B.V., tal como já tinha divulgado ao mercado.

No que toca aos ativos em África, "a companhia procura interessados" na sua aquisição, "mas, até o momento, não há qualquer acordo, nem foram assinados quaisquer instrumentos ou propostas visando à alienação dos mesmos".

JMG // CSJ

Lusa/fim

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