Distrital do PS/Porto denuncia "incomportável" falta de motoristas na STCP
Porto Canal / Agências
Porto, 26 set (Lusa) -- A distrital do PS/Porto denunciou hoje a "incomportável falta de recursos humanos" que se verifica na empresa STCP, que todos os meses "não realiza 10% dos serviços escalados por falta de motoristas".
"Há muito tempo que a empresa tem sido confrontada, através das organizações representativas dos trabalhadores, para a incomportável falta de recursos humanos, nomeadamente motoristas, que possam assegurar dignamente o serviço público de transportes e servir os interesses da população da Área Metropolitana do Porto", salienta em comunicado a Secção Setorial dos Transportes do PS Porto.
Os socialistas realçam que "cerca de 10%" dos serviços ficam todos os meses por realizar "por falta de motoristas" e que o número de reclamações dos clientes contra a STCP (Sociedade de Transportes Coletivos do Porto) aumentou "em mais de 400%".
Segundo aquela secção do PS/Porto, a empresa tem recorrido ao trabalho extraordinário e, este ano, "só até Agosto, foram efetuadas mais de 60.000 horas"
Considerando "urgente" que a STCP contrate "pelo menos 100 trabalhadores", os socialistas criticam a "inoperância do Conselho de Administração da empresa" que, dizem "não tem conseguido o aval deste governo" para admissão por substituição de novos motoristas.
Nesse sentido, responsabilizam logo à partida quer o Conselho de Administração da STCP quer o governo "em caso de ocorrência de acidentes graves, já que é por demais evidente o esforço e cansaço que atinge os motoristas", por vezes "obrigados a conduzir sem almoçar, ou jantar".
"À Secção Setorial dos Transportes da Federação Distrital do Porto compete denunciar publicamente os responsáveis pela gestão danosa do serviço público prestado em geral, a constante falta de autocarros e o permanente incumprimento nos horários previstos", lê-se no comunicado.
Sobre os planos para a concessão da empresa a privados, o PS repudia a ideia "de que só a privatização poderá garantir transportes de qualidade e com horários que sirvam as necessidades das populações".
"Bem pelo contrário, o caminho que está a ser seguido é um retrocesso no serviço público prestado", rematam.
LIL // MSP
Lusa/Fim